sábado, 9 de fevereiro de 2013

Exames feitos...

Depois de horas e horas de estudo fiz o meu último exame na sexta. Ainda não sei o resultado de dois mas, estou com uma grande esperança de ter debelado esses obstáculos. Se assim for, está o 1º semestre do 5º ano de Medicina feito! xD E isso significa mais tempo para as minhas leituras e para os Devaneios.
São várias as críticas em atraso e os selinhos que amavelmente me deram:). Mas, por agora vou aproveitar o estado de semi-férias e vou à Feira dos Alfarrabistas do Chiado. Vemo-nos por aí!

Beijinhos a todos e boa sorte a quem ainda está em exames:)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Devaneios Cinematográficos... The Hobbit- An Unexpected Journey (2012)- de Peter Jackson


A MINHA OPINIÃO:


The Hobbit- An Unexpected Journey é o primeiro filme de uma trilogia baseado no livro homónimo de J.R.R.Tolkien. Sou grande admiradora do trabalho de Peter Jackson desde o obscuro Heavenly Creatures (1994) passando pela fenomenal trilogia Lord of the Rings (2001,2002 e 2003) até ao comovente Lovely Bones (2009) porém, estava muito apreensiva relativamente a este Hobbit. A transformação de um livro simples e pequeno em três filmes era-me particularmente, incompreensível. O início não inaugurou nada de bom. Foi agridoce! A ligação aos filmes do Senhor dos Anéis estava lá e nesse momento, percebi quantas saudades tinha do Shire e daquela sensação de aventura que me invadia tal qual uma criança descobrindo um mundo novo. Quando Ian Holm (o velho Bilbo) se transforma em Martin Freeman (o novo Bilbo) há uma mudança subtil no ar. De repente, conhecemos Bilbo como um jovem e irrequieto hobbit que não sabe muito o que quer porém, toma sempre as decisões acertadas nem que seja tardiamente (muito tardiamente!). Martin Freeman está genial e apesar de Bilbo não ser das minhas personagens favoritas no livro, graças à interpretação do actor ganhou um espaçozinho no meu coração. Seja num registo mais cómico ou numa vertente mais dramática, ele está simplesmente perfeito...Assentou-lhe que nem uma luva! O amargo da visualização surge quando as cenas iniciais se prolongam em demasiada. A ceia com os Anões demora imenso tempo a se desenvolver! Arrasta-se até a chegada de Thorin de Richard Armitage que beneficia e tira o máximo proveito do tempo que lhe é dado no grande ecrã. Tem uma exibição portentosa. É claramente o destaque entre os anões muito por culpa da história original e do argumento que o privilegiam. Kili (Aidan Turner) e Fili (Dean O'Gorman) também se evidenciam pelo seu carisma e humor. No entanto, os outros anões desaparecem um pouco na obscuridade. Sim, são 13 mas com três filmes não lhes podiam dar um bocadinho de mais atenção? Se calhar, estou a exagerar e nos seguintes veremos mais alguma coisa. E eles têm mesmo que se esforçar para sobressair com Sir Ian McKellen a brilhar mais uma vez como Gandalf. Adoro a sua maneira de actuar que nos dá uma paleta indefinida de emoções! Sabemos que ele sabe mais do diz porque o transparece nas suas expressões porém, não perde o toque de humor e de loucura que lhe é tão característico.Todos os feiticeiros são formidáveis: Saruman de Christopher Lee dá-me arrepios, é sinistro e pisca o olho ao que se sucede no Senhor dos Anéis e Radagast de Sylvester McCoy é terrivelmente maluco mas de uma sapiência fantástica ( adoro os coelhos!).
Surgiram algumas cenas de O Silmarillion ( já o li há muito muito tempo) estabelecendo pontes entre histórias passadas e futuras. Quanto a isso não sou uma purista que defenda que o filme tenha de se restringir exclusivamente ao livro desde que este seja agradável. O grande problema de O Hobbit está no ritmo. A história não é tão épica como os seus antecedentes que elevaram a fasquia bem alto e ele, coitadito tem se "aguentar" durante 2 horas e tal com a mesma grandiosidade.Por mim, até podem fazer os três filmes desde que não caiam no tédio. E esta primeira parte, tem alguns momentos desses...Todavia, O Hobbit proporciona uma bela sessão de cinema sobretudo, para os fãs e à semelhança dos filmes anteriores tem cenários deslumbrantes e uma banda sonora fenomenal que nos remete para a Terra Média.


TRAILER:





PS: Crítica ao livro O Hobbit (livro) aqui.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Devaneios do Convidado... Aproveita o Dia de Saul Bellow


Ano novo, rubrica nova! Hoje é dia de inaugurar uma nova secção nos Devaneios da Jojo.  Chama-se Os Devaneios da/o Convidada/o e aqui vão apreciar outras críticas que não as minhas. Em princípio, só vou convidar não- bloggers para este espaço. Quero assim dar um pouco de diversidade ao blogue. A primeira opinião está já aqui:


O decadente sedutor Tommy Wilhelm chegou ao dia da verdade e está assustado. Aos quarenta anos, retém uma impetuosidade meio infantil, o que o levou à beira do caos: está separado da mulher e dos filhos, perdeu o emprego de vendedor, não se entende com o seu vaidoso e rico pai, a sua carreira em Hollywood foi um fracasso (um agente de Hollywood classificou-o como "o tipo que perde a rapariga") e a sua situação financeira é péssima. No decorrer de um dia decisivo, durante o qual passa em revista os seus erros passados e descontentamento espiritual, um impostor misterioso e filósofo oferece-lhe um momento glorioso de verdade e compreensão, além de uma última esperança.

Saul Bellow foi o único escritor a vencer o National Book Award por três vezes, tendo sido galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1976.

A OPINIÃO DO CONVIDADO:

“ Aproveita o Dia” interpola o retrato interior de um fracassado e malogrado, a quem já pouco resta para perder, e a análise dissecada de uma sociedade moderna, uma maquinaria complexa, onde as engrenagens se movem como uma sina. 
O protagonista, um quarentão, descobre-se desempregado, apartado da mulher e dos filhos, em contenda com o pai e em dificuldades financeiras. De uma vivência repleta de erros e estéreis anelos, as cogitações deste homem, infantil e indeciso, inerte e influenciável, comunicando o seu passado e a sua “alma”, são, nitidamente, um ponto forte da obra, facultando uma proximidade e um entendimento, de tal intensidade, que experimentamos sensação de pena e anseio de o alentar ou acalentar. Todavia, um intrujão cede-lhe uma derradeira esperança, esse que é, de alguma forma, a personagem-chave e o mote de uma profunda explanação filosófica de uma certa sociedade ocidental que, como uma roda-viva financeira, meio morta espiritualmente, oprime o “aqui e agora”. Longe de ser inolvidável ou extraordinária, com um estilo brando e célere, esta obra, de acção desenrodilhada em somente um dia e desenlace nebuloso e miraculoso, obriga à meditação, sendo passível de transladação para a actualidade, onde esse combustível e pedestal, que é o dinheiro, sinonimiza a sociedade, nos aliena e nos controla e onde, perante cenários de crise e entropia, o homem moderno é um retrato da antevisão diante do precipício, parcamente dotado pela experiência da vida de armas para o suplantar. 
Citando a Academia Sueca, legitimando o Nobel atribuído, "por sua humana compreensão e subtil análise da cultura contemporânea", abrevia-se a percepção deslindada que esta reflexão, em “Aproveita o Dia”, procura transmitir.

André Travessa (22 anos) 
- Estudante de 5 º ano de Mestrado Integrado de Medicina da Faculdade de Medicina de Lisboa

PS: Obrigada André por cederes a este capricho "desmiolado" da tua irmã equivalente!

sábado, 12 de janeiro de 2013

O Grande Amor da Minha Vida (Tatiana & Alexander I) de Paullina Simons

Tatiana vive com a família em Leninegrado. A Rússia foi flagelada pela revolução, mas a cidade mais cosmopolita do país guarda ainda memórias do glamour do passado. 
Bela e vibrante, Tatiana não deixa que o dramatismo que a rodeia a impeça de sonhar com um futuro melhor. Mas este será o pior e o melhor dia da sua vida. O dia fatídico em que Hitler invade a Rússia. O dia assombroso em que conhece aquele que será o seu grande e único amor. 
Quando Tatiana e Alexander se cruzam na rua, a atracção é imediata. Ambos sabem que as suas vidas nunca mais serão as mesmas. Ingénua e inexperiente, Tatiana aprende com o jovem soldado os prazeres da paixão e da sensualidade. Atormentado pela guerra e pela incerteza quanto ao futuro, Alexander descobre a doçura dos afectos. E, enquanto as bombas caem sobre Leninegrado, eles vivem um amor que sabem ser eterno mas impossível. É um amor que pode destruir a família de Tatiana. Um amor que pode significar a morte de todos os que os rodeiam. 
Ameaçados pela implacável máquina de guerra nazi e pelo desumano regime soviético, Tatiana e Alexander são arremessados para o vórtice da História, naquele que será o ponto de viragem do século XX e que moldará o mundo moderno.

É o primeiro volume da trilogia Tatiana & Alexander.

A MINHA OPINIÃO:

Era uma vez uma grande e complicada história de amor que nasce no seio de uma guerra. Eis um argumento que cativa multidões seja literáriamente ou televisivamente. Há um fascínio mundial que é indesmentível pelo drama, pela perseverança, pela luta de um ser humano humano face à adversidade. E no meio da tragédia, há o brilho de um amor tão grandioso quanto inexplicável. Paullina Simons cria uma história assim e, apesar de caminhar no limiar novelesco não o atinge mantendo a sua epicidade. Pelo contrário, na minha mais sincera opinião, o título português do livro destoa completamente do seu conteúdo e pode inclusive afastar leitores. É demasiado cor-de-rosa e até supérfluo. O seu interior é tudo menos isso. A penúria, o desespero e a morte de uma cidade cercada, bombardeada e moribunda não são definitivamente acontecimentos ligeiros. Sim, há uma paixão avassaladora porém, reduzir o livro a isso é sugar-lhe a sua essência. A relação de Tatiana e Alexander não teria um terço da sua atracção se não fosse pelos obstáculos  que se lhe opõem. São eles que nos obrigam a sofrer com os protagonistas.  Adorei o contraste grotesco entre o amor terno e arrebatador e o terror e a tragédia da guerra. O início do livro é, precisamente, marcado pelo duelo de contrastes, o negro da destruição e o belo de uma história de amor. Simons sabe construir personagens que ficam connosco, que nos deixam aflitos, ansiosos e mesmo desesperados. É um livro enorme ( 700 páginas) que me tirou fôlego! Cativante é um sinónimo demasiado simplório para o classificar! Sabem aquele desejo de querer voltar a casa só para ler mais bocadinho? Ou de ficar interminavelmente a ler até de madrugada? Sou culpada de ter caído em todas essas tentações. O livro está ainda recheado de óptimas personagens secundárias que agravam ainda mais o meu pecado literário. Algumas são desprezíveis e outras são ingénuas e incapazes de compreender de o mundo mudou e é preciso reagir. Porém, todas são apaixonantes e tocadas pelo negrume da guerra. Todas são forçadas a encarar o futuro. Tatiana e Alexander   são uma heroína e um herói relutantes que nascem por força das circunstâncias. A sua jornada ao longo do livro é extraordinária! O seu engrandecimento e crescimento é notório e coerente. A escritora não cai assim na estagnação, ao invés é chocante e inesperada deixando-me quase sem ar no fim de cada capítulo. E o final? Nem vou comentar... Quero ler o segundo volume já, por favor! No entanto, se há algo que Paullina Simons não se livra é da comparação! Era inevitável com tanta história semelhante pairando por aí. Apesar de ter adorado o livro não consigo fugir a esta questão.Já houveram na minha vida de leitora, histórias de amor no meio de uma guerra que marcaram mais. Claro que isto é muito subjectivo: a empatia pode ter sido maior ou o momento pode ter sido mais oportuno todavia, estes factores não apagam o facto de eu recordar com mais intensidade outros livros com temas com uma certa similitude ( guerras e contextos diferentes!) como E Tudo Vento Levou de Margaret Mitchell e Cold Mountain de Charles Frazier. Não obstante, O Grande Amor da Minha vida de Paullina Simons entra para minha galeria de favoritos de sempre! Belíssimo...

6***/7- EXCELENTE***

domingo, 6 de janeiro de 2013

Selinho Campanha Incentivo à Leitura


Recebi este selinho da Nexita, da Maria, da Rita, da Artemizza, da Ana, da Filipa e da Chaise Longe. Obrigada meninas! Se me esqueci de alguém não foi de propósito. Envie-me um mail quem ficou de fora.

1 - Indicar 10 blogs para receberem o Selo (é proibido apenas deixar para quem quiser pegar sem indicar 10 blogs);
2 - Avisar os blogs escolhidos;
3 - Colocar a imagem no blogue para apoiar a campanha;
4 - Responder à pergunta: Qual livro indicaria para alguém começar a ler?


Meus amores, as regras são para serem quebradas por isso, não vou cumprir a primeira. Estou cheia de trabalho e com pouco tempo disponível. Fiquem à vontade e levem o selinho se quiserem.

Quanto ao livro, diria Harry Potter e a Pedra Filosofal.

Prendinhas de Natal / Últimas aquisições...


Como hoje é dia de Reis, aqui fica a fotografia do meu presépio em segundo plano e dos livrinhos que recebi como prendinhas de Natal. Alguns chegaram mais cedo que o Natal propriamente dito porém, são na mesma prendinhas. Obrigada ao A., ao N., à F., ao mano e à cunhada.

Trilogia Milenium 2 e 3 de Stieg Larsson
Luz Efémera de Stephanie e Barbara Keating
O Grande Amor da minha Vida de Paullina Simons
A Dança dos Dragões de George R.R. Martin
Cidade Inquieta de Brian Freeman
Oscar & Lucinda de Peter Carey
Scarlett de Alexandra Ripley
A Menina da Falésia de Lucinda Riley

Beijinhos a todos 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Balanço e Top Leituras 2012


(cartoon daqui)

Há anos pacíficos e anos atribulados e 2012 foi, sem dúvida, uma bela e estranha viagem que não findou no dia 21 de Dezembro ( obrigada!)... finalmente, ouviram-se vozes da razão afirmando que se calhar os pobres Maias tinham chegado ao fim da pedra e não havia mais espaço onde escrever. Sem espaço de manobra está o Zé! Ó Povinho ainda não é desta! É melhor pedires conselhos aos paupérrimos pensionistas  de 10.000 € que, coitados vivem aflitos nas suas mansões. Ou então, segue o exemplo de içar ao contrário e tenta fazê-lo ao sr.político. Pode ser que caiam moedas ou se tiveres sorte, um subsídio! Realmente, há muitos artistas por aí. Contudo, esses dão má fama ao nome. O Artista, o verdadeiro, teve mais sorte que tu, Zé. Mesmo mudo, convenceu o Oscar a vir com ele. Não são moedas mas, sempre é dourado e faz companhia ao Uggie. Tu também tens um cão, Zé. E se ficares ainda mais depenado, lembra-te que ele é fiel, incorruptível e generoso. Não tem pedigree e é económico, não se importa de comer ração de marca branca. Podes tentar a emigração... Para onde, perguntas tu? Para a Alemanha? Não te aconselho, ainda desenvolves uma Merkellite e ficas a falar parvoíces como crise, recessão e a idolatrar a Troika.  A França parece-me simpática... Espera não vás. O presidente chama-se Hollande. Não, não é Holanda. Estás a ver, a confusão começa já aqui. Imagina o que aconteceria se fosses lá bater. Já sei, Reino Unido: Jogos Olímpicos, Jubileu da Rainha ( grande concerto by the way), a gravidez da princesa, eis uma nação que sabe meter golos. Tem um grande problema: chove a cântaros! Um lugar soalheiro era perfeito. A Itália? A Grécia? A Espanha? Não, não e não. Estão infectados. Têm Merkellite. Olha é melhor apanhares o táxi da sonda Curiosity para Marte. Os marcianos além de inexistentes, são mais honestos. 

TOP DE LEITURAS 2012:

O ano de 2012 foi um ano de conquistas pessoais. É impressionante o quão crescemos no ano. Mas, no fim do ano perdi um dos meus melhores amigos, o meu cão Snoopy. Muitos podem achar estranho e até estúpido eu referir isto porém, ele era família. Estava comigo há 16 anos. :(

As minhas 38 leituras (1 foi uma releitura)  foram escassas comparadas a outros anos em que já li 100 ou mais. A faculdade rouba-me imenso tempo. Estou agora no 5º ano de Medicina e estou muito orgulhosa de ainda conseguir  arranjar um espaço para as minhas leituras. Em 2012, tive uma propensão para calhamaços como verão a seguir. Sem ordem de preferências, aqui estão os meus favoritos.

 Um Conto de Natal de Charles Dickens

 A Canção de Tróia de Colleen McCullough
 Lisboa Triunfante de David Soares

 O Jogo do Anjo de Carlos Ruiz Záfon
Os Apanhadores de Conchas de Rosamunde Pilcher
 Kafka à Beira-Mar de Haruki Murakami
A História Interminável de Michael Ende
 Os Pilares da Terra de Ken Follet
 As Horas Distantes de Kate Morton
 E Tudo o Vento Levou de Margaret Mitchell

 As Crónicas de Gelo e de Fogo de George R.R. Martin
 O Leão Escarlate de Elizabeth Chadwick
 A Dama das Camélias de Alexandre Dumas, Filho
 O Hobbit de J.R.R Tolkien

Em 2012, inaugurei uma nova rubrica no blogue, Devaneios à Solta em que tiro uma fotografia do livro algures e faço corresponder um frase ou paragráfo. Em 2013, vou abrir os Devaneios do/a Convidado/a. Estejam atentos às novidades!

Feliz Ano Novo, meus amores!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo a todos!:)


Feliz 2013 a todos cheio de saúde, paz e alegria!!!

PS: Amanhã farei o balanço de 2012 e o meu top leituras!

O Rei que foi e Um Dia Será de T.H. White

Esta é a obra-prima da literatura que reconta o mito arturiano e que foi adaptada ao cinema por Walt Disney.
A história decorre no país encantado de Gramary, a Inglaterra feudal de domínio normando, e segue a lenda do rei Artur, dos cavaleiros da Távola Redonda, da demanda do Santo Graal e da mística espada Excalibur.
É considerada pelos especialistas a obra que veio modernizar o mito do rei Artur e renovar o interesse do público por este tema.

A MINHA OPINIÃO:

O rei Artur e a sua Távola Redonda sempre me fascinaram. Fazem parte do meu imaginário de criança: adorava ver desenhos animados, documentários e ler pequenas histórias arturianas. Estranhamente, nunca me aventurei por grandes volumes sobre mito, fiquei sempre à porta. Até que este ano surgiu a oportunidade  de ler este livro. Quando folheio um clássico com este calibre e celebridade sou acometida por um sentido de responsabilidade indescritível. É, provavelmente um reflexo das grandes expectativas que crio sempre que opto por livros que têm uma legião inteira de admiradores.  No entanto, removendo a auréola de "classicidade" não deixam de ser leituras passíveis de serem criticadas e, apesar de doer a alguns vou dar-vos a minha mais sincera opinião: não achei O Rei que foi e Um Dia Será fenomenal e ficou aquém daquilo que esperava.
O livro alberga a vida inteira de Artur desde a sua infância ingenuamente sonhadora até à velhice angustiante buscando soluções para males demasiados grandes. Tenho de reconhecer a mestria de T.H. White que  opta por realçar os ideais arturianos através de um olhar mais moderno, fazendo referências a épocas mais contemporâneas. O perpetuador de tais anomalias nesta é, frequentemente, Merlin. É uma personagem curiosa pois, vive de "trás para frente", ou seja, conhece o futuro. É o meu preferido com os seus diálogos mirabolantes, ensinamentos sábios e genialidade desastrada e  hilariante. Contudo, é com o protagonista, Artur que a escrita cresce. Na primeira parte, " A espada na pedra" é muito infantil o que me preocupou e frustrou imenso. Compreendo a intenção do autor ao promover a maturação do seu discurso ao longo das páginas igualando-o ao crescimento do rei, de menino a homem, mas foi essa mesma escrita que me nauseou e que me impediu de querer voltar a Gramary. Reconheço que me senti defraudada em alguns momentos. Na segunda parte, "A Rainha do ar e das Trevas", surge Morgause, a meia-irmã de Artur e o futuro rei já não é uma criança e consequentemente, a escrita amadurece. Comecei a gostar mais da leitura. É aqui que se começa a desenhar a Távola e onde também se cometem erros que influenciarão o destino. Na terceira parte, " O Cavaleiro Feio", Lancelot ganha relevo. É das personagens que menos me impressionou. Não me pareceu nada carismático e a sua paixão (adulação) pelo rei e pela rainha era pouco emotiva e cativante. Assim não apreciei muito esta parte. Finalmente, chega a minha parte favorita, a quarta e última, " A Candeia ao Vento". Culmina numa reflexão de um Rei velho sobre as suas vitórias e falhanços. Brilhantemente, é um espelho de o mundo em que vivemos. No fim, T.H. White justifica aquilo que me desconcertou mais em todo o livro: a localização histórica. O autor situa o rei Artur no século XIV enquanto que este a existir, viveu no século VI. Esta deslocação desiludiu-me porque jamais esperaria encontraria personagens tipicamente medievais "misturadas" com o mito arturiano. Concluindo, não me arrependo de ter lido este livro pois, adorei as peripécias e aventuras de Artur. Porém, devido às razões enumeradas não me fascinou por completo. Esperava mais...

4/7- BOM

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Pássaro de Caxemira de Linda Holeman



"Inglaterra vitoriana, século XIX, Liverpool.

Linny é a filha ilegítima de uma criada que se deixou enganar pelo senhor da casa. Contra o olhar dos outros e as más-línguas, a mãe ensinou-lhe a dignidade, a força de carácter. Força a que ela sempre recorrerá nos momentos mais difíceis da sua vida. E duro será o seu destino...
Com morte da mãe o padrasto força-a à prostituição até que ela consegue escapar às sombrias e húmidas ruas de Liverpool. Com a ajuda de um jovem estudante consegue partir para a Índia onde sonha encontrar a felicidade. Mas também ali o destino lhe será adverso. O oficial inglês com acaba por se casar, Somers Ingram, sabe do seu passado embora também ele esconde um terrível segredo. O seu casamento é pois um encontro de conveniências que cedo a tornam prisioneira de uma vida de mentiras. Num empolgante e sensível romance histórico, rico em ambientes, fascinante no traço de contrastes entre os nebulosos tons da Inglaterra e o fulgor de cores e vida da Índia, a autora, Linda Holeman, convida-nos a uma inesquecível viagem. Seguindo o percurso de Linny Gow, apaixonamo-nos pela sua força. Sempre ela lutará por uma vida melhor, pela perdida dignidade. «O Pássaro de Caxemira» começa com as palavras da protagonista: A ti tudo direi – parte verdade, parte memória, parte pesadelo... Dirige-se ao seu filho, é a ele que quer deixar, por escrito, a história da sua vida. Uma vida que começou longe, bem longe das terras da Índia."

A MINHA OPINIÃO:

O Pássaro de Caxemira é segundo livro que leio de Linda Holeman. O primeiro, A Rosa do Deserto, marcou-me imenso pela sua protagonista lutadora que nasce numa época opressora e no seio de uma cultura opressiva e martirizante. O Pássaro de Caxemira  é muito similar... A personagem principal, Linny é uma sobrevivente que enfrenta tragédia atrás de tragédia com uma resiliência extraordinária. Se isto aproxima o leitor porque sofre com ela e espera desesperadamente por uma solução, também o afasta. No meu caso, foi uma relação amor-ódio! Houve momentos em que pareceu que eu estava a reler o anterior que li da autora. Não havia nada de grande inovador na sua história. A heroína é repetidamente maltratada pelo destino e quando surge uma réstia de esperança, esta é esmagada!  Cai numa monotonia e apesar de, apreciar os aromas, o conflito de tradições e costumes entre a Índia e a Inglaterra e a capacidade quase única da escritora de transmitir as emoções e sentimentos não fiquei particularmente entusiasmada com a leitura. Linda Holeman surpreende porque não é nada típica a contar a história porém, ao mesmo tempo a similitude entre os dois livros dela é demasiado notória para a ignorar. Poderá parecer que estou a ser contraditória já que é aceitável que a mesma escritora mantenha as mesmas características em todos os seus trabalhos todavia, este soube-me a pouco.  Aprecio o modo como ela escreve pois, nunca sabemos muito bem o que esperar na página seguinte e se O Pássaro de Caxemira fosse a minha estreia teria adorado. Mas, como este foi o segundo, após alguns capítulos a sensação de dejá vu invadiu-me. Ele não é uma má leitura mas também não é excepcional. É quase uma sombra de A Rosa do Deserto... Se tivesse lido O Pássaro primeiro teria afirmado o contrário? Provavelmente, sim. É um livro que, claramente não correspondeu as minhas expectativas não obstante é um bom romance histórico que entretém durante algumas horas.

3**/7 RAZOÁVEL**

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Feliz Natal a todos!!!:)

Desejo a todos um Feliz e Santo Natal!!! Que o vosso sapatinho se encha de saúde, paz e amor!!! 


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sem Ti de Diana Silva (Divulgação)



“Sem ti”...um conjunto de emoções e sentimentos em trinta poemas!

Amor, desejo, sonhos, o desconhecido...sensações intensas, profundas e eternas! Sem amor, sem desejo, sem sonhos, sem metas ou aquilo que nos faz avançar na procura de algo mais, muitas vezes, aquilo que ainda não conhecemos, mas que provoca em nós uma vontade imparável de procurar mais, de conhecer mais, de sermos mais, de viver mais intensamente...

“Sem ti”...um sentir imparável na busca incessante de sentir tudo aquilo que nos rodeia, com uma intensidade que ultrapassa o nosso próprio controle...uma busca pelo conhecimento na sua grandiosidade, na sua profundidade mais eterna.


Biografia da autora, Diana Andrade Silva:


Nasceu na maternidade de Cascais, viveu com os pais e a irmã até terminar a sua formação em Psicologia, posteriormente foi viver sozinha também na zona de Cascais onde trabalhou.

Durante a adolescência participou em vários clubes escolares (Clube Europeu, Clube de Jardinagem, Jornal de Inglês, entre outros). Realizou um intercâmbio no 10º ano com uma escola Belga de Bruges. Praticou Ballet Clássico (ainda pratica), Dança Jazz e Dança Oriental, entre outros estilos.

Realizou formação em Psicologia Clínica e Psicoterapia, exerceu a sua actividade no Hospital Júlio de Matos (estágio curricular), no Gabinete Médico da Câmara de Cascais e foi Psicóloga e Coordenadora do Centro de Actividades Ocupacionais da Associação Portuguesa de Deficientes (delegação de Cascais) e Psicóloga no CRID (Centro de Integração e Reabilitação de Deficientes).

No ano de 2008 ingressou na Masaryk University (República Checa), onde completou os 3 primeiros anos de Medicina. Atualmente frequenta o 5 º ano do Mestrado Integrado de Medicina na Faculdade de Medicina de Lisboa.

Em 2011/ 2012 em paralelo à frequência do curso de Medicina voltou a exercer como Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta em consultório privado.

“Sempre escrevi algo para mim, mas nunca publiquei ou partilhei com os outros.”


O Diplomata de Vasco Ricardo (Divulgação)

Gabriel é um político norte-americano de topo que possui uma família perfeita e uma reputação imaculada. Contudo, por detrás da sua figura exemplar, um outro homem emerge. Violento, frio e calculista, Gabriel parte em busca de algo e não parará enquanto não for bem-sucedido.

"...E quando já ninguém chorava, dei por mim a verter lágrimas que cheiravam e sabiam a sangue..."

Depois do sucesso de "A Trama da Estrela", Vasco Ricardo apresenta-nos mais um thriller, com todos os ingredientes que um bom thriller deve ter!
O tão esperado: "O Diplomata"


domingo, 25 de novembro de 2012

O Hobbit de J.R.R. Tolkien

"O Hobbit" é a história das aventuras de um grupo de anões que vão à procura de um tesouro guardado por um terrível dragão.
São relutantemente acompanhados por Bilbo Baggins, um hobbit apreciador do conforto e vida calma. Encontros com elfos, gnomos e aranhas gigantes, conversas com o dragão, Smaug, o Magnífico, e a presença involuntária na Batalha dos Cinco Exércitos são algumas das experiências por que Bilbo passará. "O Hobbit" é não só uma história maravilhosa como o prelúdio a "O Senhor dos Anéis".

A MINHA OPINIÃO:

Para mim, os livros de J.R.R.Tolkien são uma preciosidade de valor quase inexplicável! A verdade é que jamais conseguirei fugir da sua magia ou ser completamente imparcial quando os leio ( ou releio).  São livros que me salvaram, literalmente, de uma cama de hospital. Quando estamos doentes procuramos desesperadamente uma escapatória nem que seja, uma simples viagem literária por mundos tão brilhantemente construídos que nos perdemos neles e por um momento, esquecemos o que nos transtorna. Anos volvidos após este pequeno contratempo e perante a iminente adaptação cinematográfica de Peter Jackson resolvi mergulhar de novo nas páginas de O Hobbit. Correndo o risco de ser demasiado sentimentalista afirmo com toda a convicção que estava cheia de saudades da Terra Média: da simplicidade do Shire, da magnificência de Rivendell e da sensação de aventura que nos invade sempre que surgem  Anões, Feiticeiros, Elfos e Hobbits. Tolkien é comparável a um avô a narrar histórias aos netos. É um dom raríssimo e poucos escritores o têm! O Hobbit não é tão majestoso e tão grandioso como a famosa trilogia que precede porém, é igualmente cativante e um belo começo para uma relação que se prevê longa com o mundo do Senhor dos Anéis. Há claramente uma Terra Média em construção e muito menos abrangente de que nos livros seguintes no entanto, o equilíbrio que o autor consegue entre a infantilidade e a força da metáfora é algo de extraordinário. Apesar de existirem seres saídos da profícua imaginação de Tolkien também há os valores, os sentimentos e as emoções que são tão comuns e mundanas que é impossível não nos apegarmos a este pequeno livro. Tudo isto dá uma nova dimensão à obra! Se a lermos sem nos imergirmos totalmente nela corremos o risco de não alcançarmos a plenitude da sua mensagem. Bilbo Baggins encarna o relutante herói que, finalmente compreende que não importa a nossa imagem ou aquilo que erroneamente pensam de nós, o que conta é aquilo que vivemos, sem estarmos presos a falsos julgamentos, tradições ou costumes ridículos. O humor ingénuo de Bilbo é delicioso particularmente, no jogo de adivinhas com Gollum ou a interrogar Smaug, o dragão. O hobbit é o protagonista mas, mesmo gostando dele, não é  o meu favorito. Esse prémio pertence a Gandalf! O feiticeiro é provavelmente, das mentes mais astutas e previdentes do livro pois, é ele que maquina o despoletar de um novo e mais arrojado Bilbo. Claro que os Anões também são uma mais valia a multiplicar por treze! São tantos, tão iguais e tão diferentes e ao mesmo tempo, hilariantes. Thorin é aquele que se destaca porque é o que tem uma jornada maior. Ele tem de percorrer o caminho que o levará a encontrar-se consigo próprio. O Hobbit é indispensável para os admiradores de Tolkien e um belo começo para os que têm medo de iniciar a trilogia. Aqui encontrarão um livro de acção, sem grandes descrições que enamora o leitor e fá-lo piscar o olho aos volumes seguintes!

6/7-EXCELENTE

TRAILER DO FILME:

O filme está a chegar e tal como a trilogia do Senhor dos Anéis é realizado por Peter Jackson.



sábado, 10 de novembro de 2012

Os Homens que Odeiam as Mulheres ( Milenium I) de Stieg Larsson


“O jornalista de economia MIKAEL BLOMKVIST precisa de uma pausa. Acabou de ser julgado por difamação ao financeiro HANS-ERIK WENNERSTÖM e condenado a três meses de prisão. Decide afastar-se temporariamente das suas funções na revista Millennium. Na mesma altura, é encarregado de uma missão invulgar. HENRIK VANGER, em tempos um dos mais importantes industriais da Suécia, quer que Mikael Blomkvist escreva a história da família Vanger. Mas é óbvio que a história da família é apenas uma capa para a verdadeira missão de Blomkvist: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Vanger, que desapareceu sem deixar rasto há quase quarenta anos. Algo que Henrik Vanger nunca pôde esquecer. Blomkvist aceita a missão com relutância e recorre à ajuda da jovem LISBETH SALANDER. Uma rapariga complicada, com tatuagens e piercings, mas também uma hacker de excepção. Juntos, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander mergulham no passado profundo da família Vanger e encontram uma história mais sombria e sangrenta do que jamais poderiam imaginar.”

A MINHA OPINIÃO:

O género policial sempre foi um pouco renegado para segundo plano nas minhas leituras actuais. Quando era adolescente adorava e devorei os livros de Agatha Christie porém, ao longo dos anos e após algumas desilusões, o meu interesse por este tipo de livros foi esmorecendo. Quando parto para uma viagem literária espero que me surpreenda e não há nada mais decepcionante do que solucionar o mistério nas primeiras páginas. Felizmente, Os Homens que Odeiam as Mulheres não cai neste marasmo. É trepidante, chocante e incrivelmente acirrante! A culpada é Lisbeth Salander. É uma personagem bizarra devido à sua aparência física, ao seu figurino e algumas das suas acções inesperadas porém, no seu âmago está uma mulher inteligente, resiliente e uma história brilhante de superação. Mikael Blomkvist é quem abre o livro contudo, falta-lhe o brilho atractivo de Lisbeth. É um início moroso mas, a introdução da protagonista é comparável a um furacão que transforma a leitura num verdadeiro vendaval de emoções e de acontecimentos sucessivos e intrigantes! E a corrida à resolução de um mistério com quase quarenta anos é lançada... Harriet Vanger desapareceu sem deixar rasto de uma pequena localidade onde todos se conhecem num dia fatídico que Mikael é contratado para esmiuçar. Tudo faria prever que Lisbeth e Mikael jamais teriam química juntos e, confesso que cheguei a temer que o prazer de ler esta obra se desvanecesse todavia, esta suposição revelou-se totalmente falsa. A rapariga desconfiada e socialmente inadequada e o jornalista caído em desgraça são uma dupla irresistível não no sentido romântico mas, na sua excentricidade. Não podiam ser mais diferentes um do outro não obstante, complementam-se como duas faces da mesma moeda. Os dois são claramente o foco principal de Stieg Larsson além da grande interrogação que paira sobre todo o livro: " O que aconteceu a Harriet?". O escritor não aprecia eufemismos! É cru e de uma realidade gráfica impactante! O leitor não é poupado a descrições violentas ou a momentos de verdadeiro terror. À medida que a investigação avançou fui avassalada pela mesma sensação de perseguição que Mikael experimentou e cada célula do corpo protestou perante as injustiças e atrocidades que acometeram Lisbeth. No entanto, as personagens secundárias também são, no mínimo fascinantes. O adjectivo fascinante pode ser aqui conotado positivamente ou negativamente quanto o fundimos com o carácter de cada membro da família Vanger. Resumindo, é uma família disfuncionalmente e oficialmente estrambólica! Porém, bons, maus ou simplesmente malucos, eles com a sua dinâmica familiar peculiar agarram-nos ainda mais às páginas do livro. Stieg Larsson é mestre em fazer-nos suspeitar de tudo, de todos e até das nossas próprias sombras! Ele abre um círculo no primeiro capítulo e fecha-o em beleza no último. Não há nada que fique sem resposta relativamente ao desaparecimento de Harriet. Obviamente, alguns aspectos ficam em aberto para o segundo volume mas, são sobretudo relacionados com Lisbeth e Mikael e eu estou desejosa de os ler. Este é um livro que me fez entrar numa cultura nórdica completamente distinta da minha. Os nomes,os lugares e os costumes difíceis de memorizar foram inicialmente desconcertantes todavia, este obstáculo foi rapidamente debelado assim que o mistério me acenou. Os Homens que Odeiam as Mulheres ( continuo a preferir o título em inglês, The Girl with a Dragon Tattoo) é perturbante, compulsivo e uma tentação para quem prefere embrenhar-se num thriller recheado de acção e adrenalina!

6/7-EXCELENTE

PS: Obrigada N. pela prendinha!

TRAILER DO FILME:

Existem duas adaptações ao cinema, uma sueca e uma americana. Coloco aqui a americana por ser a mais recente datando de 2011. Realizada por David Fincher foi nomeada ao Óscar de Melhor Actriz graças à interpretação de Lisbeth por Rooney Mara.