quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Pássaro de Caxemira de Linda Holeman



"Inglaterra vitoriana, século XIX, Liverpool.

Linny é a filha ilegítima de uma criada que se deixou enganar pelo senhor da casa. Contra o olhar dos outros e as más-línguas, a mãe ensinou-lhe a dignidade, a força de carácter. Força a que ela sempre recorrerá nos momentos mais difíceis da sua vida. E duro será o seu destino...
Com morte da mãe o padrasto força-a à prostituição até que ela consegue escapar às sombrias e húmidas ruas de Liverpool. Com a ajuda de um jovem estudante consegue partir para a Índia onde sonha encontrar a felicidade. Mas também ali o destino lhe será adverso. O oficial inglês com acaba por se casar, Somers Ingram, sabe do seu passado embora também ele esconde um terrível segredo. O seu casamento é pois um encontro de conveniências que cedo a tornam prisioneira de uma vida de mentiras. Num empolgante e sensível romance histórico, rico em ambientes, fascinante no traço de contrastes entre os nebulosos tons da Inglaterra e o fulgor de cores e vida da Índia, a autora, Linda Holeman, convida-nos a uma inesquecível viagem. Seguindo o percurso de Linny Gow, apaixonamo-nos pela sua força. Sempre ela lutará por uma vida melhor, pela perdida dignidade. «O Pássaro de Caxemira» começa com as palavras da protagonista: A ti tudo direi – parte verdade, parte memória, parte pesadelo... Dirige-se ao seu filho, é a ele que quer deixar, por escrito, a história da sua vida. Uma vida que começou longe, bem longe das terras da Índia."

A MINHA OPINIÃO:

O Pássaro de Caxemira é segundo livro que leio de Linda Holeman. O primeiro, A Rosa do Deserto, marcou-me imenso pela sua protagonista lutadora que nasce numa época opressora e no seio de uma cultura opressiva e martirizante. O Pássaro de Caxemira  é muito similar... A personagem principal, Linny é uma sobrevivente que enfrenta tragédia atrás de tragédia com uma resiliência extraordinária. Se isto aproxima o leitor porque sofre com ela e espera desesperadamente por uma solução, também o afasta. No meu caso, foi uma relação amor-ódio! Houve momentos em que pareceu que eu estava a reler o anterior que li da autora. Não havia nada de grande inovador na sua história. A heroína é repetidamente maltratada pelo destino e quando surge uma réstia de esperança, esta é esmagada!  Cai numa monotonia e apesar de, apreciar os aromas, o conflito de tradições e costumes entre a Índia e a Inglaterra e a capacidade quase única da escritora de transmitir as emoções e sentimentos não fiquei particularmente entusiasmada com a leitura. Linda Holeman surpreende porque não é nada típica a contar a história porém, ao mesmo tempo a similitude entre os dois livros dela é demasiado notória para a ignorar. Poderá parecer que estou a ser contraditória já que é aceitável que a mesma escritora mantenha as mesmas características em todos os seus trabalhos todavia, este soube-me a pouco.  Aprecio o modo como ela escreve pois, nunca sabemos muito bem o que esperar na página seguinte e se O Pássaro de Caxemira fosse a minha estreia teria adorado. Mas, como este foi o segundo, após alguns capítulos a sensação de dejá vu invadiu-me. Ele não é uma má leitura mas também não é excepcional. É quase uma sombra de A Rosa do Deserto... Se tivesse lido O Pássaro primeiro teria afirmado o contrário? Provavelmente, sim. É um livro que, claramente não correspondeu as minhas expectativas não obstante é um bom romance histórico que entretém durante algumas horas.

3**/7 RAZOÁVEL**

2 comentários:

  1. Olá Jojo :)
    Estive mesmo mesmo quase para comprar este livro... mas depois li um excerto online e fiquei um bocado chocada... A julgar pela tua opinião ainda bem que não o comprei ...
    Boas leituras :)

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  2. Olá Luh:)
    Eu acho que devias experimentar a autora mas, quando leres o segundo não esperes demasiado.
    Beijinhos*

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