sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Balanço e Top de leituras 2011


2011 está chegar ao fim... 2012 será o ano que se segue!  Parece que o nosso D. Sebastião ainda não encontrou o seu cavalo branco porque ainda não encontrou o seu caminho para casa após Alcácer- Quibir! "O mito é um nada que é tudo..."À espera de um salvador francês ou de uma salvadora alemã, a moeda não sai do poço dos desejos! Enquanto isso, para lá Mancha, vive uma Rainha firmemente sentada no seu trono tal qual Excalibur na rocha aguardando o Rei Artur. Será que que foi em terras de Sua Majestade que o cavalo de D.Sebastião se perdeu? Ou será do outro lado do mundo onde as Três Gargantas engoliram a EDP? Parece que desta vez nem o Tio Sam montado no Hidalgo nos safa...À rasca e em busca de um grito de Ipiranga, D. Afonso Henriques parece que perdeu o freio conquistador! Enquanto não chega um D.Pedro ou um D. Sebastião que continua à procura de um cavalo branco, o fado é património e a moeda continua a imitar o Titanic.Se eu fosse El-Rei deixava-me de esquisites e trazia um corcel preto, castanho ou malhado! Porque D. Afonso está prestes a bradar às armas e não há soldados que o sigam ao não ser o Zé Povinho, que pobre coitado ficou depenado! Até a sua mulher o abandonou, trocou-o pelo senhor Emigração. A nós, restam-nos a Esperança que, conseguiu fugir à nova austeridade, gorda de tanto subsídio...:p

Mas antes que chegue 2012, há que recontar 2011.  A verdade é que, este ano, não consegui cumprir a minha meta de 75 livros. Fiquei-me pelos 55. Acho que os outros 20 ficaram encarcerados algures em S. Bento! Propus-me a ler 4 clássicos este ano. Li As Aventuras de Pinóquio de Carlo Collodi, Um Conto de Natal de Charles Dickens (ainda não publiquei a crítica), A Queda de Albert Camus, A História Mais Bela de Kipling. Isto se classificarmos as duas últimas leituras como clássicos já que também se inserem na categoria seguinte. Outro desafio era ler pelo menos, 3 nóbeis da literatura. Foi cumprido com Albert Camus, Rudyard Kipling e A Dávida de Toni Morrison.


Outra resolução que não passou de uma intenção foi ler mais autores lusos.:( Não li nenhum o que é um crime pois tenho um Saramago, uma Rosa Lobato de Faria e um David Soares na estante. Também li menos livros que o ano passado. O meu tempo para ler está a diminuir devido a faculdade e a minha paciência também. Livros sem carácter nenhum e cópias baratas de outros escritores perturbam o meu sistema nervoso nomeadamente, leituras enfadonhas que se tornam ainda mais aborrecidas após um dia de estudos e trabalho. Apesar de alguns percalços e desilusões, fiz viagens maravilhosas... Aqui está o meu top:

O melhor livro do ano foi: A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Záfon seguido bem de perto pelo A Glória dos Traidores de George R.R Martin e pelo O Toque de Midas de Colleen McCullough.

As piores desilusões do ano foram Nunca te Esqueci de Michael Baron e As Quatro Últimas Coisas de Paul Hoffman.

Espero que 2012 traga melhores leituras a todos e que o D.Sebastião encontre o seu caminho:p...Feliz Ano Novo a todos!!!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Pai Natal chegou mais cedo... Novas Aquisições!:)

Foto tirada pelo Ex.mo senhor fotográfo Nataniel:p

Estes livrinhos são as minhas últimas aquisições!:D E a melhor parte é que muitos foram oferecidos:).... O Jogo do Anjo, Kafka à Beira Mar e Terra Abençoada são prendinhas antecipadas ( Obrigada N. e A.!). O Doutor Zhivago, um livro que persigo há muito tempo foi adquirido graças à mãe mais fabulosa do mundo que me cedeu os pontos do cartão FNAC ( Obrigada mãe! Sim, comprei um livro, estavas à espera de quê?:p). Os Anões de Pinter também foram um presente! E como estava a ficar terrivelmente mimada e estava a precisar de mais mimos, ganhei o Acácia e A Mulher do Tigre em passatempos. Os outros livrinhos foram adquiridos em promoções. Alguns custaram cinco euritos e são novinhos! Cinco euros por um livro de Wilbur Smith é o que chamo uma pechincha:)...

Aqui está o meu Natal antecipado! Já leram algum?

A Sombra do teu Sorriso de Mary Higgins Clark

Aos oitenta e dois anos e com uma saúde frágil, Olivia sabe que não lhe resta muito tempo. É a última da sua descendência e enfrenta uma escolha colossal: expor um segredo de família há muito escondido ou levá-lo consigo para o túmulo.
Em sua posse encontram-se cartas que provam que, aos dezassete anos, a sua prima e freira Catherine, agora morta e em vias de ser beatificada, deu à luz um rapaz, que entregou para adoção. Hoje, duas gerações mais tarde, Monica Farrell, uma pediatra de trinta e um anos, neta de Catherine, é a herdeira legítima do que resta da fortuna familiar, mas não o sabe.
Poderá Olivia trair o segredo da prima morta para que se faça justiça? Além da sua consciência, tem mais um forte obstáculo: alguns dos familiares que usufruem da fortuna tudo farão para a silenciar

A MINHA OPINIÃO:

A Sombra do teu Sorriso foi uma leitura fluída e uma boa surpresa! A autora, Mary Higgins Clark é considerada uma das rainhas dos policiais. Sinceramente, não a considero uma grande escritora neste género. Quero, no entanto, realçar que só li este livro dela e, portanto esta ilação advém única e exclusivamente desta leitura. Agatha Christie e Mo Hayder surpassam-na em talento e suspense... Porém, Clark tem a capacidade de criar uma história que cativa o suficiente para nos prender às suas páginas. As suas personagens são tão humanas e facilmente me conquistaram. Monica é a minha favorita. Pediatra de profissão, Monica refugia-se no trabalho e na satisfação que ele lhe traz, negligenciando a sua vida privada. A lógica da medicina é, para ela, um dogma inquebrável até surgir um milagre que a fará questionar tudo. O seu sangue é afinal, mais precioso do que imaginava. Filha de pai adoptado, Monica nem sonha com o que a sua verdadeira ascendência lhe pode trazer. Uma teia de conspirações e segredos muito bem engendrada rodeia a protagonista e a cada capítulo a nossa curiosidade aumenta. Não é uma leitura extraordinária porque ao fim de algum tempo, já sabia quem era o vilão. Apesar disso, é um livro mediano que satisfaz...

3.5/7- BOM

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

As Quatro Últimas Coisas de Paul Hoffman

Morte, Juízo, Paraíso e Inferno. 
As Quatro Últimas Coisas que nos reserva o Destino. 
Agora há uma Quinta. 
O Seu Nome é Thomas Cale. 

De regresso ao Santuário dos Redentores, Thomas Cale parece aceitar o papel que lhe é atribuído: o destino escolheu-o como o Braço Esquerdo de Deus, o Anjo da Morte. O poder absoluto está agora ao seu alcance; o terrível zelo e domínio militar dos Redentores é uma arma nas suas mãos e ele está pronto para cumprir o objetivo supremo da Única e Verdadeira Fé - a destruição da Humanidade. 

Mas talvez o sombrio poder dos Redentores sobre Cale não seja suficiente - ele vai do amor ao ódio num abrir e fechar de olhos, da bondade à mais brutal violência num segundo. A aniquilação que os Redentores procuram pode estar nas mãos de Cale - mas a sua alma é muito mais estranha do que alguma vez poderão imaginar...

A MINHA OPINIÃO:


Há livros que são difíceis de descrever.  São aqueles que me deixam atordoada pela sua brilhante história e pelas suas personagens fabulosas.  As Quatro Últimas Coisas não pertence a esta categoria. Não consigo escrever ou falar muito sobre ele porque, simplesmente, não me deixou nada ou quase nada. Tornou-se numa leitura penosa, logo não apreciei tanto este livro como o primeiro volume da trilogia. A imaginação de Paul Hoffman desapareceu neste livro. Thomas Cale, outrora tão fascinante pela sua complexidade, tornou-se insípido e não consegui estabelecer uma ligação com ele. É uma máquina de matar e a infelicidade acompanha-o para todo o lado. Esta foi a conclusão do livro anterior. Estas novas páginas só lhe acrescentam uma nova faceta: a de estratega militar brilhante. Nada mais! Foi terrivelmente frustrante ler as suas conversas com o Redentor Bosco. A sua finalidade também é questionável... Páginas e páginas que não contribuem em quase nada para a nova maturidade de Cale que eu tanto desejava. Thomas Cale afundou todas as minhas esperanças de ler o terceiro volume. Kleist e Vago, personagens secundárias são bem mais interessantes e foram eles que me fizeram ler o livro até ao fim. A história atribulada dos ex-acólitos e o facto de eles aprenderem a lidar com sentimentos e emoções que desconheciam após, anos e anos de violência são muito mais fascinantes do que observar Thomas Cale.  O início da trilogia prometia, mas este foi uma decepção...Paul Hoffman criou um mundo bastante apelativo, alternativo ao que vivemos, contudo esta leitura foi o fim da linha para mim. É pena porque gostava bastante dos paralelismos que autor estabelecia entre o seu mundo e o mundo real!

3/7- RAZOÁVEL

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Um Homem Imoral de Emma Wildes

Apesar da sua beleza, Lady Amelia Patton viveu uma vida protegida entre os seus livros. Quando, de repente, se apercebe que é considerada a beldade doTon, não fica muito satisfeita. O pai, Lorde Hathaway, deseja casá-la, mas a última pessoa que escolheria para marido dela é o filho do seu pior inimigo...
Alexander St. James é um ladrão de corações, mas não é nenhum assaltante. No entanto, tem de recuperar um objecto que pertence à sua família para evitar um escândalo e, por isso, entra furtivamente em casa de Lorde Hathaway, não estando à espera de deparar com a sedutora Lady Amelia no quarto, usando apenas uma camisa de renda...
Desde o primeiro encontro entre ambos que Alexander deixa Amelia sem fôlego - será de medo ou de excitação? Fascinado com a beleza dela e encantado com a sua inteligência, ignora os mexerico escandalosos, à medida que parte à sedução da mulher dos seus sonhos...

A MINHA OPINIÃO:

Emma Wildes é uma escritora que eu designo como escritora de romances de época. Existem muitas autoras deste género no mundo literário e para se destacar é preciso ter algo especial. A história primordial é sempre a mesma: um amor arrebatador que leva os dois protagonistas a desafiar a sociedade, a família e as regras restritas do século em que vivem. O que eu procuro em livros destes, é o puro entretenimento! Uma leitura fácil sem grandes obstáculos que terá, invariavelmente, o mesmo fim de todos os romances de contos-de -fadas: o "felizes para sempre"! A verdade é que, se dantes apreciava este tipo de leituras, agora, estão a tornar-se aborrecidas devido à sua similitude. Wildes tem a capacidade singular de manter agarrada às suas páginas apesar de, já ter lido inúmeros romances de época. A magia reside na sua escrita requintada e elegante que me faz viajar pelos salões de baile cheios de damas e senhores que pavoneiam as suas paixões, intrigas e preconceitos. Procuram escapar ao escrutínio avaliador dos seus semelhantes, resguardando assim a sua vida privada cheia de segredos destruidores da aparência pomposa que ostentam. Pensando bem, não é uma sociedade assim tão diferente da nossa...o ser humano é mesmo um "bicho" estranho! A autora também é boa em criar histórias paralelas que, por vezes, ficam esquecidas em livros deste género. Em Um Homem Imoral, atormenta o casal protagonista com as cartas de antepassados que são responsáveis pelas quezílias duradouras entre as famílias de ambos. Sob esta aura de Romeu e Julieta, Amelia e Alexander St. James pisam terreno perigoso. Ele mais do que ela...Este livro é um deleite para o público feminino, apreciador do género. O truque é não esperar muito dele! Contudo, fico com a ideia que Emma Wildes não atinge todo o seu potencial como escritora. Se se reinventasse ainda mais o género, os seus livros, para mim, seriam ainda melhores. Apostar cada vez mais em personagens secundárias credíveis é um bom começo!Porque, sinceramente, depois de várias leituras de "época" começa a parecer tudo igual.

4/5-BOM**

domingo, 4 de dezembro de 2011

Nunca te Esqueci de Michael Baron



Hugh Penders viveu num estado de apatia durante quase uma década, desde que o seu irmão Chase morreu num acidente de viação. Transporta no íntimo dois segredos que nunca foi capaz de partilhar com ninguém: acredita que poderia ter sido capaz de evitar o acidente e está profundamente apaixonado por Iris, a namorada de Chase.
Quando o pai de Hugh sofre um grave ataque cardíaco, Hugh tem de regressar à sua casa em Nova Inglaterra, de onde andara a fugir nos últimos dez anos. Um dia, encontra Iris - que se mudara havia muito tempo - na rua. Iniciam uma amizade e Hugh acredita que está a apaixonar-se novamente por ela.
Contudo, o fantasma de Chase paira sobre ambos. E, quando cada um deles revela uma verdade que o outro desconhecia, as suas vidas, a perspectiva que tinham de Chase, e as suas oportunidades de um futuro conjunto mudarão para sempre.
Imbuído da força do desejo e do impacte da perda, Nunca te Esqueci é uma narrativa comovente e romântica que emocionará profundamente o leitor.


A MINHA OPINIÃO:


Nunca te Esqueci é um livro que eu facilmente esquecerei... Correndo o risco de ferir susceptibilidades, foi uma leitura morosa e cujo único deleite foi a relação entre Hugh, o protagonista e o seu pai. Há livros que não correspondem às expectativas que criamos acerca deles e este foi deles. A história não se desenrolava e lê-lo à noite tornou-se quase uma missão impossível. Adormecia antes de chegar ao fim do capítulo! A escrita não é má, já li bem piores, mas o livro não me cativou. É a história de Hugh, o seu caminho  para a serenidade e a paz após ter perdido o irmão, Chase que era o namorado de Iris aquando do acidente. Tinha tudo para captar a minha atenção, mas não o fez. A relação entre Iris e Hugh pareceu-me demasiado repetitiva como se já a tivesse lido em qualquer lado. Fez-me lembrar de alguns livros que li na adolescência de Nicholas Sparks, o que até poderia ter sido bom, porém neste momento não me apetecia de modo nenhum uma leitura dessas. Sim, Sparks é referido na capa e assim que vi o nome podia ter fugido a sete pés, contudo nem tudo o que vem referenciado na capa de um livro é verdade. Nunca te Esqueci é um livro que não conseguiu concorrer com as minhas outras leituras. Fui relegando-o para segundo plano porque simplesmente não via evolução na história. Iris e Hugh não brilhavam e fui perdendo o interesse. Surgia de vez em quando uma centelha de esperança quando Hugh tentava alcançar o pai ou quando se lembrava do brincalhão e divertido Chase. O seu falecido irmão é de longe  minha personagem favorita apesar de só o conhecermos através de Hugh. Este foi um livro que não igualou nem muito menos superou aquilo que eu esperava dele. Uma leitura razoável que não me apaixonou...

3/7- RAZOÁVEL


PS: Obrigada Segredo dos livros!