Os Fitzgerald são uma família como tantas outras e têm dois filhos, Jesse e Kate. Quando Kate chega aos dois anos de idade é-lhe diagnosticada uma forma grave de leucemia. Os pais resolvem então ter outro bebé, Anna, geneticamente seleccionada para ser uma dadora perfeitamente compatível para a irmã. Desde o nascimento até à adolescência, Anna tem de sofrer inúmeros tratamentos médicos, invasivos e perigosos, para fornecer sangue, medula óssea e outros tecidos para salvar a vida da irmã mais velha. Toda a família sofre com a doença de Kate. Agora, ela precisa de um rim e Anna resolve instaurar um processo legal para requerer a emancipação médica - ela quer ter direito a tomar decisões sobre o seu próprio corpo.
Sara, a mãe, é advogada e resolve representar a filha mais velha neste julgamento. Em Para a Minha Irmã muitas questões complexas são levantadas: Anna tem obrigação de arriscar a própria vida para salvar a irmã? Os pais têm o direito de tomar decisões quanto ao papel de dadora de Anna? Conseguimos distinguir a ténue fronteira entre o que é legal e o que é ético nesta situação? A narrativa muda de personagem para personagem de modo que o leitor pode escutar as vozes dos diferentes membros da família, assim como do advogado e da tutora ad litem, destacada pelo tribunal para representar Anna.
A MINHA OPINIÃO:
Para a minha irmã é um livro emocionante e eticamente pensante!Foi o primeiro livro de Jodi Picoult que li e não será certamente o último. Indaga-nos e confronta-nos com as razões que todass as personagens apresentam para continuar a sua luta, seja ela qual for. A mãe que tenta manter a filha gravemente doente, viva; o pai dividido pelo seu amor marital e parental; o filho problemático que procura sentido para a vida , consequência do défice de afectividade parental; a filha que padece de leucemia e que para seu desespero concentra toda a atenção dos pais; e a filha mais nova, geneticamente criada para salvar a vida da irmã, que almeja a sua emancipação médica. As diferentes perspectivas são enunciadas num capítulo dedicado a cada um dos intervinientes. O meu coração de leitora balançou. Se por um lado, me identifiquei com Anna, a filha mais nova por outro sofri com Sara e Brian, os pais. O advogado de Anna, Campbell é também uma personagem fantástica que com a sua súbita vulnerabilidade me conquistou. Uma história profunda, bem delineada e para mim peca por se alongar demasiado em alguns capítulos. Porém, não deixa de ser um livro muito bom que espelha a dubiedade de opiniões perante um caso tão complexo.
(Spoilers) O final do livro é totalmente e inacreditavemente inesperado! Anna porquê?...
5/7-MUITO BOM
TRAILER DO FILME: