domingo, 31 de julho de 2011

Os Devaneios fazem dois anos! (PS: Há sorteio:)!)

Os Devaneios fazem dois aninhos!:) Ainda me lembro do primeiro dia em que escrevi, receosa, uma crítica. O que sentiria ao partilhar a minha opinião? Como me sairia? Passaram 24 meses e o meu cantinho não pára de crescer. Obrigada a todos! Gostaria de o inovar com novos segmentos mas, a minha falta de tempo não o permite. Seria publicidade enganosa anunciar a sua criação! Já muitas vezes me perguntaram o porquê de o blog continuar a ser apenas um espaço para as minhas críticas pois, aqui está a resposta: não tenho tempo. A  universidade resolveu fugir com ele! Às vezes, é tão difícil encontrar uma hora livre de estudos para escrever. Não vou mentir, já pensei muitas vezes em desistir dos meus Devaneios. É muito, muito complicado gerir o tempo. Tentem escrever de madrugada após um dia de aulas e de estudos intenso e vão perceber o que quero dizer. Contudo, acho que nunca vou desistir dos meus Devaneios. Escrever, liberta-me! E parece-me que vou continuar por muitos anos. Mais um ano de aulas se aproxima e tenho o pressentimento que o meu tempo livre vai ser reduzido para metade. But, fear not! I will be here! E como não podia deixar de ser, dia de aniversário que se preze, tem prendinhas. Para assinalar esta data, vou sortear um livrinho da minha pequena biblioteca: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal de James Rollins.


O sorteio decorrerá até o dia 7 de Agosto até às 23:59. Para concorrer basta enviar o vosso nome completo, nick de seguidor e morada para devaneiosdajojo@gmail.com.

Obrigada a todos por terem a coragem de ler os meu Devaneios :p!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Uma Grandiosa e Terrível Beleza de Libba Bray


Gemma Doyle não é igual às outras raparigas de postura irrepreensível, que só falam quando interpeladas, que conservam a postura, que permanecem deitadas e que pensam na Inglaterra quando lhes é pedido.
Não, Gemma é uma ilha. Aos dezasseis anos é enviada para a Academia Spence, em Londres, após uma tragédia que assombrou a sua família na Índia. Sozinha, carregando o peso da culpa e propensa a visões do futuro que têm o mau hábito de se concretizar, Gemma é alvo de uma recepção gelada. Mas Gemma não está só... ela foi seguida por um jovem misterioso, que quer que a sua mente se feche às visões.
Em Spencer os poderes de Gemma ganham força. Ela vê-se enredada com as raparigas mais influentes da escola e descobre a ligação da sua mãe a um grupo obscuro conhecido por a Ordem. E será aí que o seu destino a espera... se Gemma acreditar nele.
Uma Grandiosa e Terrível Beleza é o tipo de livro que não conseguimos largar... É uma vasta tapeçaria de saias rodadas, de sombras dançantes e de coisas que se escondem na escuridão. É um retrato vivo da época vitoriana, altura em que as raparigas eram educadas para serem esposas de homens ricos... E é a história de uma rapariga que viu um caminho diferente.

A MINHA OPINIÃO:

Uma Grandiosa e Terrível Beleza é uma obra com um toque de fantasia, aventura e sobrenatural. Tem tudo para me deixar agarrada às suas páginas. Se, no princípio, tive medo que este fosse mais um, vejo agora que esse sentimento era infundado. Receei mais um livro de fantasia numa época pós-Twilight, em que o rapazinho ama a rapariga e tudo gira à volta deles, eclipsando os restantes elementos da história. Não obstante, não tenho nada contra as pessoas que optam por ler esses livros. Defendo que devemos ler o queremos e não o que nos impõem. Mas, para mim chega! Chega de livros que parecem cópias uns dos outros... São leituras que desaparecem da nossa memória porque não se destacam no imenso manancial de livros de fantasia que sai todos os anos. Todavia, Libba Bray alcançou a grande proeza de se destacar. Neste primeiro volume de uma trilogia, a autora apresentou-me uma jovem, Gemma, com poderes especiais. Nada que meta vampiros, lobisomens e fadas. Nada disso. Gemma e as amigas são completamente diferentes. Os dons da protagonista são bastante inovadores em termos literários.Ann, Felicity e Pippa compõem o elenco de personagens de Spencer, o colégio interno. Cada uma tem as suas inseguranças, defeitos e qualidades. Todas procuram a libertação. Anseiam por ser mais do que uma esposa fiel, piedosa e obediente ao marido numa época em que as mulheres eram relegadas para segundo plano.A atmosfera disciplinadora vitoriana está muito bem descrita e, assim, é mais fácil compreender os sonhos de quatro raparigas de dezasseis anos. Mas, o livro não está isento de defeitos. Deixou-me um pouco dividida. Se, por um lado, temos algumas atitudes acriançadas, fúteis e até apatetadas roçando o irreal  das personagens por outro lado, elas demonstram força e credibilidade diferindo entre si na forma como reagem às situações complexas da vida. Há aqui um brilhantismo na história de Libba Bray. Ela é capaz de definir aquela linha ténue que existe entre intenção e acção. A ambição pode transtornar a mente das pessoas e fazê-las acreditar que as suas acções são justas e ideais. Uma Grandiosa e Terrível Beleza conquistou-me gradualmente. Acabou por se tornar numa leitura compulsiva e viciante. O final deixa algumas histórias inacabadas o que, sendo de propósito ou não, é um grande motivo para ler o segundo volume.

5/7-MUITO BOM

PS:Obrigada Segredo dos livros! 

domingo, 24 de julho de 2011

Reflexos num Olho Dourado de Carson McCullers



Uma das vozes mais originais da literatura norte-americana, McCullers, explora, neste romance, os limites sempre instáveis entre a «normalidade», por um lado, e o foro íntimo das pulsões, que se lhe opõe. Numa pequena base militar americana, a rotina e o isolamento criam uma tensão insuportável que agudiza perigosamente as contradições em que se movem as personagens. McCullers escreve esta história com simplicidade despretensiosa e um registo inquietante que lhe conferem uma dimensão trágica.

A MINHA OPINIÃO:

Reflexos num Olho Dourado é livro estranhíssimo. Mas, as pessoas também são estranhas e este livro fala de pessoas. Todos temos algo de anormal habitando em nós e não vale a pena negar, é verdade. O que é normalidade para uns, para outros é uma anomalia comportamental!Vivemos num mundo de aparências e fugir à regra é quase proibitivo. Quantos estes desvios se tornam demasiado evidentes surge a aberração. Na minha opinião, Carson McCullers têm personagens nada normais: são complexas, capazes de loucuras e salientam o quão longe podemos ir para nos integrar. Este livro fala, portanto, de pessoas, relações e como estas são fundamentais ao Homem. A socialização é tão importante que este não se abstém da mentira e da dissimulação para resguardar aquilo que ele acha que vai perturbar a sua inserção na sociedade. Mas, quando se reprime a natureza do nosso ser, o que é que pode acontecer? Uma luta entre a sanidade e a insanidade, talvez... Se no nosso tempo, esta integração é difícil, o que seria na década de 40, altura em que Carson McCullers escreveu este pequeno livro! Terrível! Neste livro, o cenário é uma base militar onde reina a rotina e a aparente calma porém, esta contrasta com o rebuliço e a inquietação que toldam a mente dos personagens. Capitão Penderton é homossexual mas, sem coragem para o admitir e vive atormentado pelos amantes da sua bela esposa, Leonora. Ela é jovem e belíssima todavia, trocaria de bom grado um pouco dessa beleza por um pouco mais de inteligência. Major Morris é afeiçoado à mulher Alison mas, cai sempre no erro da traição e da infidelidade. Alison sobrevive e está ciente de que nada faz para salvar o seu casamento. O que a prendia ao mundo dos vivos, morreu há muito tempo. O soldado Williams será a pólvora que irá despoletar o fogo das emoções intensas e reprimidas há tanto tempo.  Foi uma leitura lenta pois, era preciso decompor cada elemento e analisar cada acção das personagens.  Apesar desta morosidade mostrou que é uma análise humana muito enriquecedora.

6/7- EXCELENTE

PS: Obrigada Segredo dos Livros!

TRAILER DO FILME:


sábado, 23 de julho de 2011

Divulgação- Dia Trilogia Nocturnus

Olá a todos!:D
Hoje vim divulgar um evento que irá acontecer pelo Facebook.Aqui ficam as informações:

Na primeira do que espero ser uma longa lista de iniciativas que visarão divulgar autores nacionais, no dia 31 de Julho desafio-vos a usarem como perfil uma das capas da “Trilogia Nocturnus” de Rafael Loureiro.

Tenham lido ou não, adora ou ficado indiferentes às obras, espero que se juntem a nós neste evento de promoção de um escritor nacional. Partilhem, divulguem e convidem tantos "friends" quantos conseguirem!

Vamos encher o Facebook com livros!!!


http://www.facebook.com/event.php?eid=241916269166800

Participem!:)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Encontro na Provença de Elizabeth Adler



"No Sul da França, os segredos serpenteiam pelo campo ensolarado como os ramos das videiras - e como um bom vinho, tornam-se melhores a cada ano que passa. Mas Franny Marten sabe pouco desse mundo. Tudo o que serpenteia através da sua pequena casa de campo na Califórnia é o sonho de se apaixonar. Franny pensava que o sonho podia tornar-se realidade - até que conhece a mulher do seu amante! Mas, quando começa a sentir que o seu coração já ficou destroçado demasiadas vezes, Franny recebe uma carta misteriosa que muda tudo...
A carta é um convite para uma reunião da família Marten num château na Provença. Sabendo pouco sobre a família, Franny decide arriscar e faz as malas para a aventura de uma vida. a sua decisão de ir a França irá empurrá-la para um mundo na orla do tempo, onde o azul do Mediterrâneo se mostra ao longe com a promesse de que tudo é possível. E quando Franny descobre por que motivo o destino a levou à Provença, vai finalmente entender que quando se trata de amor, às vezes nem tudo é o que parece. Às vezes, é ainda melhor..."

A MINHA OPINIÃO:

Encontro na Provença é uma leitura refrescante, cheia de sabor e de cor! É o primeiro livro que leio de Elizabeth Adler e não poderia estar mais satisfeita. A escritora escreve com paixão e isso nota-se na variedade de aromas e sabores que saltam das páginas do livro! Com ela, viajei até à França apreciando o sal do Mediterrâneo, deleitando-me com as magníficas iguarias culinárias e com a textura e a cor do vinho Marten. Encontro na Provença é ideal para atenuar a fadiga de um dia extenuante. Na sua simplicidade, este livro apaixona por tocar em emoções verdadeiramente humanas, relembrando o poder do amor, da amizade e da família. É a beleza de uma terra que nos cativa contudo, essa é ainda mais engrandecida quando é ditada pelos próprios personagens. É um livro perfeito para Verão porque traz com ele aquele espírito de férias que nos faz sonhar. Quanto às personagens, elas facilmente me seduziram principalmente, Rafaella e a Pequena Azul. Rafaella, a velha matriarca que reúne a família muitos anos depois, é cheia de segredos e dá vontade de descobrir cada um deles. Franny e Jake, o elo romântico da história também são um grande atractivo contudo, achei o seu romance um pouco precipitado. Porém, este livro não perde o seu encanto e prova que o simples não é sinónimo de mau pelo contrário, a simplicidade aliada a uma escrita fluída e belas personagens faz milagres!

4.5/7- BOM**

PS: Obrigada Segredo dos Livros!

domingo, 17 de julho de 2011

O Sétimo Papiro de Wilbur Smith


Mais uma aventura pertencente egipcía de Wilbur Smith! Duraid Al Simmu e a sua mulher, Royan, uma lindíssima anglo-egípcia, são os primeiros a descobrir o túmulo da rainha Lostris. E também os papiros em que Taita descrevera o funeral do faraó Mamose e os seus imensos tesouros. Mas, assim que começam as buscas que os fazem deslocar-se das margens do Nilo para as terras altas da Etiópia, Duraid é brutalmente assassinado e os cadernos com as suas notas desaparecem. Há quem esteja disposto a tudo para localizar o tesouro. Royan regressa então a Inglaterra, mas por pouco tempo. Juntamente com Nicholas Quenton-Harper, um aristocrata e eminente arqueólogo, ganha coragem para voltar à Etiópia. Por Duraid. Por Taita. E pelos sonhos de um antigo faraó.

A MINHA OPINIÃO:

Quem me conhece sabe que eu sou fascinada pelo Egipto. Adoro as pirâmides, o deserto, o Nilo e os reinados dos Faraós. Quando surge a oportunidade de ler um livro que tenha como cenário, o Egipto, é quase impossível resistir! Nunca visitei o país e lê-lo nas páginas de um livro é uma viagem imperdível! O Sétimo Papiro é uma aventura apaixonante! O início é marcado por uma descoberta, por um homicídio e  por uma aliança improvável entre uma arqueóloga e um lorde, coleccionador de tesouros. Royan e Nicholas tentarão decifrar os escritos do misterioso Taita em busca do túmulo do faraó Mamose. Subindo o Nilo e deambulando pelo deserto, O Sétimo Papiro é uma leitura veloz e palpitante de adrenalina. Podia ser uma mera demanda por um tesouro fabuloso contudo, é muito mais do que isso. É uma experiência rara que mistura enigmas com o esplendor do Egipto sem cair na banalidade. Nas suas páginas corre a pura acção e a emoção de uma grande metragem! Wilbur Smith brinda-nos com a imprevisibilidade do momento e com uma obra compulsiva que preenche todos os requisitos para uma leitura trepidante. Fiquei interessada nos outros livros do autor nomeadamente, O Deus do Rio mas, o seu preço é aberrante se não for em segunda mão.


5/7-MUITO BOM

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Jogos de Sedução de Madeline Hunter


Numa sala repleta de convivas, os seus olhares cruzam-se com uma intensidade invulgar… mas os seus mundos vão colidir violentamente. Ela é Roselyn Longworth e, antes de a noite terminar, vai ser leiloada. Ele é Kyle Bradwell, o homem que lhe dará a conhecer o Inferno.
Todavia, quando vence o leilão, Kyle trata Roselyn com uma delicadeza a que ela não está habituada desde que um escândalo familiar arruinou a sua reputação. E quando finalmente descobre o que o motivou a salvá-la do seu terrível passado, é já demasiado tarde: Roselyn está perdidamente apaixonada pelo homem que sabe os seus mais íntimos segredos. Agora, ele surpreende-a com um pedido de casamento – o primeiro passo num jogo de sedução que exigirá nada menos que a sua completa rendição…

A MINHA OPINIÃO:

Que saudades eu tinha de ler Madeline Hunter! Mais uma vez, demonstrou ser uma grande contadora de histórias de época. Madeline tem o condão de nos embriagar com um belo romance em que o casal protagonista descobre o amor da forma mais peculiar. Kyle e Roselyn são adoráveis! Ela, uma dama da alta sociedade e ele, filho de mineiros, têm um primeiro encontro desastroso. Ela é leiloada e traída pelo homem que julgava ser seu salvador. Ele será o seu improvável protector. É uma história leve e agradável que li num dia e meio! Li-o sem grandes pretensões. Seria errado esperar muito do livro! Ainda assim, as personagens estão bem construídas. No princípio, achei uma futilidade Kyle estar apaixonado por Roselyn só por causa da sua beleza mas, à medida que foi lendo, percebi que não era  só isso. Roselyn revelou-se ser uma mulher determinada que desafia as regras sociais da época para sobreviver. Kyle também foi um verdadeiro deleite. A sua honra e honestidade dignas de um cavalheiro segundo, os parâmetros da ópoca, contrastou em larga escala com aquele que deveria ser um nobre, Norbury.Norbury pode ser ter nascido rico todavia, as acções são vis e desonrosas. O panorama desta história não ficaria completo sem a presença dos irmãos Rothwell: Christian, Elliot e Hayden e a esposa deste último, Alexia. Há qualquer coisa que cintila em Christian, o marquês de Eastbrook. A sua excentricidade e calma perante o mais horríveis dos imbróglios deu-me vontade de ir a correr pegar no livro que lhe é dedicado. Madeline Hunter constrói uma história primorosa e compulsiva que, apesar de, não ser uma obra-prima, é uma leitura deliciosa.

4/7- BOM

PS: Obrigada Cátia pelo empréstimo! Ah, vais ter de me emprestar os seguintes!:p

Insurreição de Robyn Young

1286. A Escócia está a passar pelo pior Inverno de que há memória. Alguns dizem que chegou o Dia do Juízo Final.
O rei da Escócia sai de Edimburgo sob um terrível temporal. No caminho, é assassinado por um dos seus homens, deixando em aberto a sucessão ao trono. A morte do rei é como uma pedrada num charco, os círculos alargando-se cada vez mais. A guerra civil torna-se uma ameaça quando as poderosas famílias escocesas lutam pelo poder, sem saberem que Eduardo, agora rei da Inglaterra, pusera em marcha os seus próprios planos. Há quase duas décadas que Eduardo alimenta uma visão arrojada de conquista – uma visão nascida das palavras de uma antiga profecia – que irá mudar a Grã-Bretanha para sempre.
Mas nem tudo parece correr conforme a vontade de Eduardo. Através das cinzas da guerra, das disputas de sangue e das lealdades divididas, um jovem escudeiro irá desafiar o grande rei da Inglaterra. O seu nome é Robert the Bruce. E a sua história inicia-se em INSURREIÇÃO.

A MINHA OPINIÃO:
Insurreição é um livro enorme que tem cerca de 600 páginas e que nem sempre consegue manter o ritmo. Às vezes, é preciso insistir na leitura para que esta prossiga. A história arrasta-se durante alguns capítulos e tive que abrir caminho até fim. A luta pela independência da Escócia podia ser bem mais interessante. Não estou a afirmar que Robyn Young escreva mal. Acho que ela é uma escritora muito talentosa a nível histórico. A sua capacidade em introduzir História na história é absolutamente notável. Os pormenores que ela apresenta são deliciosos e verdadeiros contextualizadores: como por exemplo, o número incomensurável de casas nobres inglesas e escocesas e o  vocabulário da época ( com um glossário elucidativo no fim). Robyn Young é também inovadora. A lenda do Rei Artur e as profecias do mago Merlin que perseguem Eduardo, rei de Inglaterra e a bruxa Affraig foram complementos fantásticos e movimentos arrojados da escritora. Deram ao livro uma aura de misticismo que contrastava com brutalidade do campo de batalha. Mas, apesar de Young ser uma escritora histórica brilhante, não é  uma contadora de histórias tão brilhante.Isto não é um paradoxo! Sente-se o desequilíbrio. O ritmo não é constante e se há capítulos intrigantes e compulsivos também há aqueles mais lentos e fatigantes. Quanto a personagens, Robert Bruce é um dilema. Um bom dilema diria pois, ele cresce aos olhos do leitor mas, nunca sabemos que caminhos tomará. William Wallace foi outro personagem que mexeu com todas as ideias pré-concebidas que tinha dele. Adorei BraveHeart, o filme de Mel Gibson que retrata a vida do herói da Escócia. Mas, no filme Wallace tem uma figura algo romanceada que é exactamente o oposto do Wallace do livro, mais rude e calculista. Existem bastante sangue, intrigas na luta pelo poder, alianças, traições e paixões. Contudo, algo falta. Para tornar este livro numa leitura perfeita, Robyn Young deveria ter incutido alguma rapidez e vivacidade impedindo momentos entediantes que podem levar o leitor a desistir. Aguardo pela sequela e espero sinceramente que Young aposte numa escrita mais envolvente.

4**/7- BOM**

PS: Obrigada Segredo dos Livros!