segunda-feira, 31 de março de 2014

TAG/Selinho Viajando pela leitura


Obrigada Catarina por este selinho!




REGRAS:

- Indicar o nome do blog que indicou esse selo (no vídeo)
- Utilizar o banner original (check)
- Indicar mais de cinco blogues e avisá-los ( no vídeo)
- Responder à pergunta “Qual foi a melhor viagem que você já fez através da leitura e qual foi o livro?” (no vídeo)

domingo, 30 de março de 2014

A Ironia e a Sabedoria de Tyrion Lannister de George R.R. Martin

Venha conhecer Tyrion Lannister, uma das personagens mais memoráveis de As Crónicas de Gelo e Fogo…

Os Sete Reinos podem chamar-lhe depreciativamente de Duende, mas não passaria pela cabeça de ninguém acusar Tyrion Lannister de ser um tolo. A sua língua melíflua já lhe salvou a vida inúmeras vezes e a sua inteligência refinada deu-lhe muitas vitórias e ainda mais dissabores.
Tyrion é odiado e temido pela corte, mas os seus amigos conhecem-no pela lealdade e compaixão que demonstra pelos mais fracos. No palco das intrigas, a sua família é o seu maior inimigo, mas combate-os com uma fina ironia e perspicácia sem rival. A sua irmã que o diga!
Divertido e irreverente, por vezes profundo e sensato, A Ironia e Sabedoria de Tyrion Lannister pode ser um livrinho pequeno como Tyrion, mas as pérolas que contém mostram a grandeza desta personagem, uma das mais memoráveis da literatura fantástica. 
A MINHA OPINIÃO:

Tyrion Lannister é das personagens mais emblemáticas de George R.R Martin. Sempre leio um livro das Crónicas aguardo ansiosamente pelos seus capítulos porque ele é simplesmente irresistível!  A sua complexidade é deveras profunda. O Lannister que, usa da sua inteligência, da sua lábia e humor mordaz para escapar e montar as mais diferentes artimanhas é também um homem com sentimentos e cicatrizes emocionais grandes. Tyrion é, indubitavelmente, das minhas personagens favoritas de George R.R. Martin. Contudo, A Ironia e a Sabedoria de Tyrion Lannister soube-me como leitura a muito pouco. Limita-se a fazer um compêndio de citações do mesmo. A partir de algumas, até podemos inferir algumas características da sua personalidade porém, não é de modo nenhum algo que não haja nas Crónicas de Gelo e Fogo. Há ainda repetições que se tornam redundantes. O que salva o livro são as ilustrações magníficas que têm um ar ligeiramente infantil mas, irónico. É um livrinho para aquele coleccionador que se regala com tudo o que tenha a ver os Westeros até porque a relação preço/conteúdo é chocante neste caso.

2.5/7- RAZOÁVEL

PS: Obrigada Cata pelo empréstimo!

PS nº 2: Eis uma das melhores cenas do Tyrion na série:


terça-feira, 25 de março de 2014

TAG- O Livrofone

Olá a todos! Hoje apresento uma semi-novidade: um vídeo!
Depois de a Catarina me ter passado o bichinho, resolvi responder a esta TAG que o José me passou deste modo. Obrigada! Aceitam-se sugestões e reclamações ( desde que não seja a me atazanar pelo meu sotaque, livrem-se!)... ;)



sábado, 22 de março de 2014

Bons sonhos, meu amor de Dorothy Koomson


Arriscaria tudo por amor?
Nova Kumalisi faria qualquer coisa pelo seu melhor amigo. Ela deve-lhe a vida.
Por isso, quando ele lhe pede que seja mãe de substituição do seu filho e, apesar de saber que corre o risco de perder a amizade, Nova aceita.
Oito anos mais tarde, Nova está a criar o filho de Mal sozinha, porque a mulher dele mudou de ideias, escassos meses antes de a criança nascer, assim destruindo a relação entre os dois amigos.
Agora, Leo, o filho de ambos está gravemente doente. Nova quer que Mal conheça o filho antes que seja demasiado tarde.
Na tragédia descobrirão o quanto significam um para o outro.

 A MINHA OPINIÃO:

Bons Sonhos, meu Amor é o primeiro livro que leio de Dorothy Koomson.
É uma verdadeira viagem ao âmago do ser humano que transborda emoções por todos os poros! A complexidade dos sentimentos humanos é o pilar fundamental da história cuja força e similaridade com a realidade é apaixonante. Nova, Mal, Stephanie, Leo, Keith são personagens imaginadas por Koomson porém, poderiam ser de carne e osso. São incrivelmente verossímeis e entrar nas suas vidas não é um esforço muito pelo contrário, é muito fácil.Contudo, esta facilidade não ofusca o quão poderosa é a história! Alternando o passado com o presente, a autora enreda o leitor em cada uma das trajectórias dos protagonistas. A sua escrita é subtilmente eficaz a explicar o quanto estas personagens se amam, cada uma à sua maneira e a entender o porquê das suas decisões. Não é crítica apenas, expõe os argumentos e os factos. É sentimentalista e íntima sem, no entanto, adquirir proporções novelescas. 
No centro da história está Leo, uma criança de oito anos que proporcionará um encontro há muito desejado mas, temido entre Nova e Mal. Os pequenos interlúdios de Leo que abençoam a entrada dos novos capítulos são absolutamente enternecedores. Dão a conhecer a inocência e a sapiência admirável deste miúdo que conquista o leitor de imediato.
O início da leitura é marcado pela enormidade de perspectivas de cada um dos intervenientes mas, à medida que as páginas avançam, deixa de ser confuso para se tornar um hábito. É um livro tocante com uma história grandiosa! Pode não ter dragões, guerras e cavaleiros de armadura reluzente porém, é grande! Porque faz repensar na nossa própria vida e nas nossas escolhas, nas decisões que tomámos e nos silêncios que insistimos manter com medo do futuro.
O final de Bons Sonhos meu Amor é revoltante e de certa maneira, atroz ( como diria uma amiga minha, é preciso uma vacina contra a raiva!). É inesperado mas, agora olhando para trás não o consigo imaginar de outro modo. Sem ele, o livro não teria sido tão marcante e se perderia algures na estante. Ao invés, é das leituras mais fascinantes que lá se encontram!

6.5/7- EXCELENTE

PS: Obrigada Sandra por esta prendinha maravilhosa! Ah e obrigada por tu e a Cata serem umas "chatas" e me obrigarem a ler esta autora.

segunda-feira, 10 de março de 2014

A Rapariga que Roubava Livros de Markus Zusak



Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.
A MINHA OPINIÃO:

A Rapariga que roubava livros é inesquecível! É a melhor palavra que existe no dicionário para o definir. O início é altamente impactante e original porque apresenta a Morte como narradora. O que podia ser algo impensável e mórbido não o é, pois, o seu relato apesar de ser fatalista ( convenhamos ela é a Morte!)  não deixa de ser esperançoso. A sua honestidade consegue até roçar o hilariante!
As primeiras páginas são marcadas pela adaptação do leitor à escrita peculiar de Markus Zusak. Esta maneira distinta de contar é como íman que nos atrai para dentro do livro. No entanto, após os primeiros capítulos cheguei a temer o pior porque o senti esmorecer. Só que,  pouco tempo depois, a relação entre Liesel e Hans Huberman, o seu pai adoptivo, começou a evoluir vertiginosamente e assim a  atracção da Morte pela história de Liesel tornou-se minha. O amor da protagonista pelos livros é algo que ressoa em mim. As palavras são poder, imaginação e esperança em tempos atribulados.
Esta obra é de uma riqueza incalculável porque a cada momento descobrimos um sentimento que nos remete para a história, ou seja, nunca deixamos verdadeiramente o livro. Mesmo quando o fechamos Max, Hans, Rosa, Rudy e Liesel ficam connosco. Ele mostra um outro lado do Holocausto. Normalmente, os livros sobre o tema focam-se sobre o lado judeu todavia, este visa o lado alemão. Foca-se naqueles que foram forçados a combater pela causa nazi que abominavam e que sofreram as consequências de uma guerra que não provocaram. A fome e o desespero são constantes na rua Himmel contudo, Liesel constrói grandes relações, tem grandes gestos e muitos são através de pequenos e, supostamente, insignificantes objectos, os livros. A leitura também pode ser conforto. Juntamente com o fiel amigo Rudy cuja lealdade é invulgar, ela busca um modo de sobreviver à fome fisiológica mas também à fome psicológica. O alimento que a sacia não é exclusivamente, material. Aí entram os livros, o amor por Rosa, Hans, Rudy e a tocante amizade com Max, um pugilista judeu. Aliás, este último é a personagem principal de alguns momentos fenomenais. Um simples céu estrelado que tomamos como garantido é algo de extraordinário para Max que vive numa clausura necessária. A maneira como Liesel lhe traz um pouco do mundo de lá fora ao seu amigo é belíssima e enternecedora.
A Rapariga que Roubava Livros é um hino ao espírito humano e uma crítica à podridão humana. Mostra a força das palavras que podem salvar vidas ou serem o seu fim. É um livro de descrições precisas mas onde a imaginação é fértil! É ímpar e marcou-me para sempre...

7/7-OBRA-PRIMA

TRAILER DO FILME: