domingo, 27 de abril de 2014

Um Estranho em Meus Braços de Lisa Kleypas

Lady Hawksworth, o seu marido não está morto…» Lara não podia acreditar no que estava a ouvir. O seu marido, desaparecido há um ano num naufrágio, com quem tinha vivido um casamento infeliz e desprovido de amor estava vivo e iria voltar para casa. Como era possível? Lara não conseguiu controlar a emoção quando reencontrou Hunter. O homem frio e cruel que lhe atormentou a vida e só lhe deu dor, vergonha e humilhação no leito matrimonial. Agora estava ali. Mais magro, com a pele mais escura, mais velho… mas sem dúvida que era Hunter. Aquele homem conhecia segredos que só o marido podia saber, tinha a sua fotografia guardada numa pequena caixa , a mesma que ela lhe dera há três anos quando Hunter partira para a Índia . Mas, ao mesmo tempo, era um homem assustadoramente diferente. Mais meigo, atencioso aos seus caprichos, decidido a reconquistar o seu amor, a fazê-la sentir-se uma mulher desejada e a esquecer as memórias tristes do passado. Mas será aquele homem realmente o seu marido ou um impostor em cujos braços Lara se entrega em busca da felicidade ? 

A MINHA OPINIÃO: 

Um Estranho em Meus Braços é o primeiro livro que leio de Lisa Kleypas. Considero-o um romance de época ou de cordel mas, mesmo assim esperava muito mais.
Como é que possível que o livro com uma sinopse tão cativante se torna numa das leituras mais aborrecidas deste ano? O livro é demasiado previsível e as personagens são ocas e dominadas pelo sentimento da luxúria o que raramente, faz uma boa história de amor. Sem os pequenos gestos de confiança, os olhares trocados e um diálogo com mais de três frases, no mínimo, soa tudo muito inverossímil. Após um passado terrível com este homem, que Lara julga ser o seu marido, ela apaixona-se por ele num ápice, o que é um absurdo. Hunter, o suposto marido, até estava ser interessante até meio do livro devido à sua aura de mistério porém, tornou-se tão obtuso quando os restantes quando o seu segredo é revelado. Não é nada de especial e já o tinha adivinhado muito antes do grande momento!A escrita de Kleypas é simples sem grandes floreados o que facilitaria uma leitura rápida mas, não tem nada de distinto. Humor? Sensualidade?
É um livro que entretém todavia, não tem profundidade ou a originalidade suficiente para se destacar dentro do manancial destes livros. 

2.5/7- RAZOÁVEL

sexta-feira, 18 de abril de 2014

TAG: Venha o Diabo e Escolha!


Esta TAG bastante original e diabólica foi criada pela Catarina do blogue e canal Little House of Books. Consiste em responder a várias perguntas com opções que são ambas terríveis.  Obrigada Catarina por me tagueares. Respondam em vídeo ou em post mas respondam!



As perguntas são:

1- Preferias só poderes ler um livro por ano e saberes que ias adorá-lo imenso ou leres vários e não gostares muito deles?
2- Preferias nunca poderes conhecer o teu autor(a) favorito/a ou nunca mais poderes ler mais livros do/a mesmo/a a partir deste momento?
3- Preferias ser obrigado a ver sempre os filmes antes de leres os livros ou nunca veres os filmes?
4- Preferias matar uma das tuas personagens favoritas de sempre ou deixar um dos piores vilões escapar impune?
5- Preferias ser um tributo nos Jogos da Fome ou que a pessoa mais importante para ti no mundo o fosse?
6- Preferias que a tua série favorita de sempre nunca tivesse existido ou que o/a autor(a) nunca a conseguisse acabar?
7- Preferias nunca ter conhecido esta comunidade literária na internet ou teres de deixar de fazer parte dela para sempre obrigatoriamente?
8- Preferias que um livro que encomendaste chegasse a tua casa numa edição super feia, mas em ótimas condições ou que chegasse a tua cada na edição que querias, mas toda estragada, sem puderes reclamar?
9- Preferias que os teus livros, por conta de uma tragédia, ardessem ou se afogassem?
10- Preferias rasgar a capa de um livro ou sujá-la com algo que não saia?

Vou taguear:

domingo, 13 de abril de 2014

O Deus do Rio de Wilbur Smith

Durante as celebrações em honra de Osíris, os súbditos leais do actual Faraó reúnem-se para prestar vassalagem ao seu senhor. Somente Taita - um escravo de superior inteligência, que será barbaramente punido nessa altura - o vê como um símbolo da decadência de um reino que já viveu tempos bem mais gloriosos. O perigo espreita todos quantos se opõem à nova elite dirigente. Mas, juntamente com a sua jovem ama Lostris e o seu amigo Tanus, Taita dá início a uma longa e arriscada empresa: a que lhe é traçada pelo sonho de restaurar a majestade do Faraó dos Faraós nas resplandecentes margens do Nilo. 
A MINHA OPINIÃO:

O Deus do Rio é um romance histórico que possui a habilidade fenomenal de nos transportar para uma época tão distante como o Antigo Egipto. Wilbur Smith apresenta descrições sublimes com pormenores tremendos que permitem ao leitor sentir, cheirar e deslumbrar-se com a opulência da corte egípcia ou com a beleza do rio Nilo. É inegável a atmosfera mágica que este livro carrega... O panteão de deuses egípcios, a superstição de um povo e seu quotidiano são tão bem ilustrados que é impossível não se apaixonar por aquela terra. Não há dúvida que Smith consegue envolver o leitor nesta viagem, porém, o seu problema está e não está no seu protagonista, Taita.  Ele é um escravo que presencia tudo mas, se não fosse o narrador seria muito mais apreciado como personagem. Taita soa a demasiado perfeito e, embora fosse submetido a uma terrível provação quando era novo, isso não ofusca o facto de ele saber tudo, fazer tudo lindamente, ser herói e ajudante de herói sem derrotas no seu cartório. Soa a exagero! Ainda mais quando é ele que nos conta a história. É esse o grande paradoxo dos livros narrado na primeira pessoa: ou acertam completamente e há uma harmonia completa entre a evolução do personagem que o narra e das restantes ou então, torna-se demasiado egocêntrica ou ainda demasiado altruísta. Neste  caso, Taita ao contar os seus feitos que, são intermináveis acaba por inconscientemente, centralizar o relato em si e é enfadonho ouvi-lo falar de quão maravilhoso e inteligente, ele é. Inconscientemente, pois não acredito que Wilbur Smith o tenha feito propositadamente. Apenas queria que o seu Taita ganhasse admiração de os leitores. Todavia, as personagens mais cativantes são aquelas que não são totalmente boas, aquelas com uma réstia de maldade. Logo, o livro beneficiaria muito se fosse escrita na terceira pessoa ou narrado de diferentes perspectivas. Seria muito mais abrangente e muito mais viciante! Além de que, há situações muito inverossímeis.
É uma obra que me trouxe o sabor do Antigo Egipto,  a história de Tanus e Lostris que é belíssima e um Taita que tanto me fez amar como odiar o livro. 

4/7- BOM

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Devaneios de Séries... The White Queen (2013)- A Rainha Branca


The White Queen ( A Rainha Branca) é uma mini-série britânica de 10 episódios exibida pela BBC no Reino Unido e pela STARZ nos Estados Unidos da América. É baseada nas obras de Philippa Gregory sobre a Guerra das Rosas ou a Guerra dos Primos. Abrange a história narrada em A Rainha Branca, A Rainha Vermelha e A Filha do Conspirador. A STARZ está a estudar uma sequela que irá narrar os acontecimentos de The White Princess, o próximo livro da saga ainda sem edição portuguesa.
À semelhança dos livros, centra-se nas personagens femininas das casas de Lancaster e York. que influenciaram o rumo da guerra pelo trono. As protagonistas são Elizabeth Woodville, Margaret Beaufort e Anne Neville.
Esta adaptação televisiva é bastante fiel às obras que lhe deram origem por isso, há algumas incongruências históricas. Afinal, não se trata de um retrato de uma época mas, de uma adaptação de um retrato romanceado do período da guerra civil inglesa.


As actrizes que dão vida às personagens principais são competentes porém, Rebecca Ferguson que interpreta Elizabeth só me conquistou após alguns episódios. Culpo em parte o argumento porque ela demonstra uma frieza e uma altivez que não me lembro de ser tão marcada nos livros. A Elizabeth da série é das personagens cujo passado nublado pode causar confusão nos não-leitores. Quem leu os livros sabe que Jacquetta, a sua mãe tem poderes que não são comuns e que instruiu a filha nesses mistérios. Na adaptação televisiva, estes momentos surgem quase sem explicação. Só ao fim de algum tempo é que se começa a perceber o porquê das mulheres da sua casa terem uma ligação tão forte ao rio e à água.
Amanda Hale que dá vida a Margaret Beaufort é que é verdadeiramente surpreendente! Nos livros, Margaret é insuportável com o seu fanatismo religioso e a sua crença de que é enviada por Deus mas, aqui, Amanda sabe torná-la mais empática, enfatizando o seu amor pelo filho e a sua capacidade quase maluca de sacrifício por ele. Mesmo assim, há momentos em que me apetece lhe dar uns estalos por conta da sua homónima literária.
Faye Marsay, a Anne Neville é a minha predilecta das três. A sua transformação de menina a mulher é muito tocante. O seu caminho não é fácil e o modo como a actriz a molda consoante as circunstâncias é notável.


No elenco secundário, os destaques são, sem dúvida, David Oakes com o seu maníaco George, Aneurin Barnard como Richard,  James Frain como Lord Warwick e Janet McTeer como Jacquetta. Todos trazem às personagens carisma e personalidade e concordando ou não com as suas acções, quando estão em cena, são memoráveis. Max Irons,o Edward IV parece, por vezes, deslocado do seu lugar. Primeiro ele devia ser mais velho que George, o que não aparenta e depois à medida que envelhece deixa de ser credível. Mas isto também é culpa da produção. A maquilhagem e as próteses existem para isso. Alguns personagens parecem eternos e nem uma ruga têm com o passar dos anos. Então, o Edward gordo chega a ser hilariante. A barriga falsa parece uma gravidez.
No entanto, a narrativa é atractiva e os episódios consistentes e equilibrados que impelem o espectador a seguir a mini-série até ao fim.
Em suma, esta adaptação televisiva tem algumas falhas todavia, não deixa de ser um bom entretenimento.

TRAILER: