segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Devaneios de Séries... Penny Dreadful (2014-)


A MINHA OPINIÃO:

Penny Dreadful é uma série emitida pela cadeia televisiva norte-americana Showtime. Surgiu de uma ideia de John Logan que a co-produz com Sam Mendes. Na Londres vitoriana, personagens fictícias criadas por Logan misturam-se com personagens tão familiares como Dr. Victor Frankenstein, Drácula, Dorian Gray e Van Helsing. Mas, estes não se limitam a encarnar os seus contra-partes literários. Apesar de manterem algumas parecenças, eles são dotados de motivos, histórias paralelas de arrependimento, de sonhos E de demónios pessoais que se entrelaçam com a grande história que se desenrola em grande plano. O primeiro episódio é introdutório e o tom de mistério e de horror que percorrerá toda a primeira temporada é como que, um anzol que agarra o espectador. De certo modo, cada personagem tem os seus segredos para perpetuar o seu lado negro e isso, é deveras intrigante.


O segundo episódio marca a série com emoções fortes e momentos aterrorizantes mas, memoráveis. É sacudido por revelações que, ligam ainda mais as personagens centrais. Começa a desabrochar a soberba interpretação de Eva Green como Vanessa Ivens. Ela incorpora perfeitamente os sentimentos contraditórios desta personagem extremamente complexa.  Vanessa seria a decepção da série se não fosse bem interpretada.  Ela é uma hipérbole gótica do "normal" ser humano. Procura enveredar sempre pelo bem porém, o seu lado oculto e negro está sob a sua pele prestes a surgir. 


Malcolm Murray de Timothy Dalton é quem reúne esta família bastante disfuncional sobre o mesmo tecto. Todos têm uma missão em comum além da pessoal e, isso, cria um elo estranhamente familiar entre Victor Frankenstein, um jovem médico, obcecado da inevitabilidade da morte e o enigmático Ethan Chandler, pistoleiro infalível mas, tal como Vanessa, tem um lado negro a espreitar sobre o ombro. Todos são exímios a dominar o seus respectivos personagens apesar de, não brilharem tanto como Eva Green. Brona Croft de Billie Piper é aquela personagem que, inicialmente, parece ser facilmente definível todavia, à medida que a temporada avança, é impossível não compreender esta imigrante irlandesa que foge ao seu passado sombrio. No entanto, é Dorian Gray quem menos me cativa. Os seus objectivos enquanto personagem não são muito claros e a aura de mistério e atracção que era, suposto, rodeá-lo não é palpável. Quando se encontra com o restante elenco não se destaca, desaparece na escuridão. Não sei ainda se isto se deve ao actor Reeve Carney ou ao argumento.


Penny Dreadful deve o seu nome a publicações de ficção e terror que eram vendidas em Inglaterra no século XIX. Fiel ao manuscrito que a baptizou, é repleta de momentos assustadores, arrepiantes com direito a saltos na cadeira e a pôr cabelos em pé. A cor gótica da cinematografia também contribui para este ambiente. Não obstante, é uma história bastante humana porque se há algo com que nos podemos relacionar é a possibilidade de remediar os nossos erros. Penny Dreadful é uma série com temporadas curtas pelo que, cada episódio é recheado de reviravoltas que prende o espectador. Já tem uma segunda temporada agendada para 2015.

TRAILER:


3 comentários:

  1. Esta é definitivamente uma série que eu vou querer ver.. :D
    Beijinhos*

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    1. É muito muito boa Chris mas eu cometi o erro de ver alguns episódios à noite. Sou mesmo uma medricas.

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  2. Olá, Jojo,
    bem, venho com uns anos de atraso comentar o post mas acabei de ver este mês as duas temporadas da série e dei por mim à procura de opiniões de bloggers - tornei-me uma "fangirl", que hei-de fazer? :p
    Viste a segunda temporada?

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