Em
Fevereiro de 1972, Agatha Christie escreveu uma carta ao seu editor.
Nessa missiva, incluída nesta edição especial, a Rainha do Crime elegeu
os dez livros de sua autoria de que mais gostava. As Dez Figuras Negras
foi considerado pela autora como um "desafio que lhe trouxe muita
satisfação". Publicado na Grã-Bretanha, em 1939, e nos Estados Unidos,
em 1940, seria também adaptado para teatro e cinema.
Dez desconhecidos que aparentemente nada têm em comum são atraídos pelo enigmático U. N. Owen a uma mansão situada numa ilha da costa de Devon. Durante o jantar, a voz do anfitrião invisível acusa cada um dos convidados de esconder um segredo. Nessa mesma noite um deles é assassinado. A tensão aumenta à medida que os sobreviventes se apercebem de que não só o assassino se encontra entre eles como se prepara para atacar uma e outra vez…
Dez desconhecidos que aparentemente nada têm em comum são atraídos pelo enigmático U. N. Owen a uma mansão situada numa ilha da costa de Devon. Durante o jantar, a voz do anfitrião invisível acusa cada um dos convidados de esconder um segredo. Nessa mesma noite um deles é assassinado. A tensão aumenta à medida que os sobreviventes se apercebem de que não só o assassino se encontra entre eles como se prepara para atacar uma e outra vez…
A MINHA OPINIÃO:
As Dez Figuras Negras é um caso curioso... Frequentemente, os livros não correspondem às altas expectativas que criamos porém, há aquelas excepções gloriosas como esta obra de Agatha Christie. A maneira como a autora constrói esta história em torno de dez desconhecidos que estão isolados numa ilha é magistral! A escrita dá aquela sensação de asfixia, claustrofobia e desconfiança pelas quais as personagens estão a passar. O leitor deixa de ser unicamente, um observador. À medida que se sucedem as mortes, a tensão vai aumentando até atingir o clímax na página final com a revelação do inesperado assassino. É tudo planeado até ao mínimo detalhe.A habilidade de Agatha Christie em nos fazer duvidar de todos, dos seus motivos e dos seus objectivos é verdadeiramente impressionante e extremamente acirrante!
Este livro é também uma interrogação ao conceito de justiça. Quem é que decide qual castigo para um crime? E porquê? Será o arrependimento e o remorso suficiente para colmatar a culpa? No fim, muitos dos personagens já se tinham condenado a si próprios. Será que o homicida não estará a atraiçoar a justiça, ao cometer crimes em seu nome? Agatha Christie faz-nos trabalhar as " celulazinhas cinzentas", como diria o seu afamado Poirot. Não nos dá o mais comum dos policiais em que temos de descobrir o perpetuador dos homicídios. Dá-nos uma teia complexa e, sim, queremos descobrir quem é o sujeito fugidio mas, principalmente queremos entender as suas razões.
Um obra prima que merece, indubitavelmente, um cantinho em todas as estantes!
7/7-OBRA-PRIMA
Olá Jojo,
ResponderEliminarSubscrevo na integra o teu comentário, um dos melhores policiais que já tive o prazer de ler :)
E eu que tenho ainda tantos livrinhos desta escritora por ler, já tenho saudades :D
Bjs e boas leituras
Olá Fiacha :D
EliminarEu também tenho dela para ler na estante e mal posso esperar.
Beijinhos*