quarta-feira, 13 de março de 2013

Devaneios de Séries... The Thorn Birds (1983)- Os Pássaros Feridos


A MINHA OPINIÃO:

The Thorn Birds (Os Pássaros Feridos) é uma mini-série de oito episódios da cadeia televisiva ABC  baseada no livro homónimo de Colleen McCullough. Venceu 6 Emmys ( Academy of Televison of Art & Science) e 4 Globos de Ouro ( Hollywood Foreign Press Association). É considerada uma das pioneiras do género no meio televisivo sendo que, é das que detém um dos maiores recordes de audiência de sempre. Tal como a obra literária que lhe deu origem, The Thorn Birds é vastamente dominado por Drogheda, herdade australiana produtora de lã criada por McCullough. É uma produção da década de 80 pelo que, poderá causar alguma impressão a quem espera cenários refinados e brilhantes.Obviamente que a qualidade do fotografia não é igual às das películas actuais mas, existe algo de sensacional na aridez que a série exibe, remetendo o telespectador para o calor abrasador da Austrália.


Assim como a história que lhe deu origem, a série é intensamente dramática e se não fossem as interpretações fantásticas do elenco cairia  certamente num tom novelesco insuportável pois, perante um livro com tão grandes emoções pode incorrer-se nesse erro. Meggie Cleary é uma criação virtuosa de Rachel Ward. Sente-se a paixão, o desespero e a teimosia da personagem como se ela tivesse saltado do livro para o ecrã. Ralph de Bricassart, o outro protagonista, é sem dúvida,  ainda mais marcante ( se possível!) devido a Richard Chamberlain. É impressionante como o actor traz para o ecrã, o conflito interior de Bricassart. É um homem que ama Deus, que tem vocação e muita ambição mas, ama igualmente uma mulher. Poderia se tornar confuso e deprimente porém, não o é.

No elenco secundário brilham Jean Simmons como Fee, a mãe de Meggie, dando-lhe uma estoicidade louvável, a incontornável Barbara Stanwyck como a amargurada Mary Carson que rouba qualquer cena em que esteja e Christopher Plummer como o Arcebispo Vittorio que como sempre tem uma presença imponente.  Os sotaques é que são raramente ou nulamente trabalhados e por isso, a ascendência neo-zeolandesa  e irlandesa de alguns personagens não é logo identificável.


Há um sentimento de inevitabilidade que cresce a cada episódio. Sabemos que não há espaços para grandes felicidades todavia, não conseguimos parar de ver. É saga familiar que lida com o amor, a traição, o escândalo, a morte, o luto e o perdão redentor. A banda sonora é assombrosamente paralela a toda história com um tema principal lindíssimo de Henry Mancini.
Eis uma preciosidade televisiva há muito esquecida que todos os apreciadores deste género deviam ver!

TRAILER:

4 comentários:

  1. ando para ver algum tempo :D

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  2. Olá,

    Até fiquei com saudades de voltar a ler o livro, só de ler novamente estes nomes. Nem sabia que havia em serie e ainda bem que está bem feita.

    Quem sabe não venha a ver, fiquei imensamente curioso ;)

    Bjs

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    Respostas
    1. Fiacha,
      eu também fiquei com vontade de reler o livro após ver série:) Tem algumas pequenas diferenças mas,no geral é bastante fiel à obra da Colleen.

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