segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A Praia das Pétalas de Rosa de Dorothy Koomson

Todas as histórias de amor sofrem reviravoltas.
Depois de quinze anos de um grande amor e um casamento perfeito, Scott, marido de Tamia, é acusado de algo impensável. De repente, tudo aquilo em que Tamia acreditava - amizade, família, amor e intimidade - parece não ter qualquer valor. Ela não sabe em quem confiar, nem sonha o que o futuro lhe reserva. Então, uma estranha chega à cidade, para lançar pétalas de rosa ao mar, em memória de alguém muito querido e há muito perdido. Esta mulher transporta consigo verdades chocantes que transformarão as vidas de todos, incluindo Tamia que será obrigada a fazer a mais dolorosa das escolhas...
O que estaria disposta a fazer para salvar a sua família?

A MINHA OPINIÃO:

A Praia das Pétalas de Rosa é quase inexplicável! Há livros assim!... É tão extraordinariamente emotivo, chocante e enternecedor que é impossível defini-lo. É a conjugação perfeita entre um romance, um policial e uma história de vida tão vívida quanto real. Soa a contraditório porém, é a essa a mais valia de Dorothy Koomson. Faz-nos crer nas personagens, nas suas vulnerabilidades e nas suas virtudes sustentando esta magnífica história. É complexa mas, nunca é confusa. Os sentimentos de Tamia face às adversidades com que se depara transformam-se numa confusão todavia, o leitor consegue facilmente compreendê-la e relacionar-se com ela. Koomson mapeia cada página com destreza e, apesar do imbróglio de emoções, o livro nunca deixa de tocar o leitor ou de se fazer entender. É de uma clareza notável! É também desgastante e verdadeiramente cruel não obstante, a porta da esperança nunca está fechada. É algo que costuma ser sinónimo de um grande livro se tudo se encontrar em harmonia. É o que acontece aqui! Koomson é mestre a imiscuir mistério, a mostrar compaixão, a fazer-nos amar e odiar as personagens com a mesma intensidade. Esta é uma história narrada pela perspectiva de quatro mulheres distintas: Tamia, Mirabelle, Beatrix e mais tarde, Fleur. Mulheres, mães, esposas, amantes...Elas são muito credíveis porque se comportam face às adversidades como se esperaria de um ser humano de carne e osso. As suas acções, por mais descabidas que sejam, são compreensíveis. 
A Praia das Pétalas de Rosa tem uma capa linda e amorosa porém, o seu interior não é definitivamente, supérfluo e ligeiro. Tortura e estimula o leitor a ler mais e mais porque quer saber o que acontecerá a personagens que lhe são tão queridas. É um livro que marca profundamente pois, as atribulações dos seus protagonistas são tão grandes que desejamos com todo o coração que, nas páginas finais encontrem a felicidade.

7/7- OBRA- PRIMA

6 comentários:

  1. Esta autora é viral... Muitos a lêem e apreciam-na. Eu hesito e receio sempre sucessos rápidos e repentinos. Valerá a pena arredar as minhas apreensões para ler Dorothy Koomson, apesar das produções da autora se destinarem, maioritariamente, ao público feminino? Penso que a tua opinião, bem escrita, riposta por si! :)

    p.s - também tenho um blogue, http://rabiscosdoluar.blogspot.pt/

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    1. Olá Miguel! :D

      As capas dos livros da Dorothy são demasiadas fofinhas para o seu interior turbulento.

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  2. Ois Jojo,

    Bem conhecendo os teus gostos literários sei que não é ao acaso que dás uma nota tão alta a um livro, registada a recomendação ;)

    Bjs e boas leituras...aproveito e parabens pelo Mestrado :D

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    1. Olá Fiacha :D

      Obrigada! Eu fiquei fascinada com este livro. Nota-se um bocadinho :D

      Beijinhos*

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  3. Apesar de saber que a Dorothy Koomson é uma das vossas autoras favoritas, a ideia que tenho do género dos seus livros, muito devido às capas, não vão muito ao encontro dos meus gostos literários, daí ter algum receio em ler algo da autora... No entanto, ao dizeres que o seu interior é turbulento... fiquei definitivamente curioso! Gosto muito dos livros da Kate Morton... talvez deva arriscar? :P

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    1. Olá José,
      as capas são mesmo muito florais e amorosas para as histórias que contam.
      Este, por exemplo, fala da desintegração de um casamento, de pornografia e há um homicídio.
      A Dorothy é similar à Kate Morton mas, a Kate faz analepses mais longínquas no tempo.

      beijinhos*

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