quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Toque de Midas de Colleen McCullough


“No centro do romance está Alexander Kinross, lembrado na sua Escócia natal como um pobre jovem aprendiz de caldeireiro. Mas quando, anos mais tarde, escreve da Austrália a avisar que a noiva pode ir ter com ele, os seus parentes rapidamente se apercebem que fez fortuna com o ouro.
Chegada a Sidney depois de uma difícil viagem, Elizabeth Drummond, de 16 anos, encontra-se com o seu futuro marido e descobre, para sua infelicidade, que ele a assusta e repugna. Sem outra hipótese, casa com ele e fica relegada numa quinta algures no imenso campo australiano. Nem sequer faz ideia que ele mantém uma amante, a sensual e extrovertida Ruby Costevan.
Cativado pelas diferentes personalidades da esposa e da amante, Alexander decide manter ambas as mulheres. Elizabeth dá-lhe duas filhas. Movido pelo desejo de ter um varão, Alexander vira-se para o filho de Ruby, como possível herdeiro do seu império.
Desde "Pássaros Feridos" que Colleen McCullough não escrevia um romance tão atraente acerca de uma família e sobre a experiência Australiana como agora com "O Toque de Midas". “

A MINHA OPINIÃO:

O Toque de Midas é uma história deslumbrante! É inegável, o brilho das personagens de Colleen McCullough! Mesmo quando não concordamos com as suas acções e atitudes, continuamos a amá-las e a segui-las! Os seus desvios morais, as suas negações, os seus fracassos e vitórias só nos cativam mais. Apesar de a história se passar maioritariamente na Austrália, este livro é muito cosmopolita. Tal como Alexandre Magno, o seu homónimo, o protagonista vive em constante mudança. Esse legado estende-se a Lee, filho de Ruby, amante de Alexander. A Escócia, os Estados Unidos, o Médio Oriente, a Inglaterra, a Itália e, finalmente, a Austrália são todos tocados pelo toque de midas de Alexander Kinross. Filho rejeitado, ele conquistará o mundo com o seu inexplicável "faro" para os negócios Revolucionário e audaz, Alexander é um personagem gigante! Mesmo quando os seus comportamentos são dúbios e questionáveis, ele exerce uma atracção magnética tal que é inadmissível largar o livro! E se o colocamos de lado, estamos sempre a pensar nele, ansiando pelo momento em que, de novo, nos maravilharemos com ele. Alexander foi das personagens mais ricas que encontrei. Se, por um lado, há o seu lado empresarial, vitorioso e efervescente, por outro, há o seu lado familiar, sofrível e difícil. Alexander tudo controla menos o seu casamento com bela e jovem Elizabeth. Ele planeia o matrimónio e dá-lhe tudo o que uma jovem gostaria de ter: jóias, vestidos e, até uma oportunidade para fugir ao pai dominador e irrascível. Contudo, ela não o ama. Com  a  convicção de que todo o seu poder é encanto infalível, Alexander não acredita que é necessário fazer mais e, cai no erro de não cortejar e conhecer Elizabeth. No entanto, ele ama-a e ama também Ruby, mulher voluptuosa, carismática e bela todavia, totalmente diferente da esposa. E é aqui que McCullough é sublime, no choque de personalidades! À semelhança de Pássaros Feridos, todas as personagens são fabulosamente construídas... quase lhes sentimos a alma. Ralph e Meggie eram fantásticos mas, o trio: Alexander, Elizabeth e Ruby são igualmente fascinantes. A eles, juntam-se a inteligentíssima Nell e a lindíssima Anna, filhas de Alexander e Elizabeth e Lee, filho de Ruby. Embora desejasse um filho varão, Alexander é surpreendido pela garra e carisma de Nell, tão parecida com ele. Lutadora, ela vingará num século em que as mulheres não tinham sequer direito a votar! Anna coloca seus pais numa situação inesperada, muito interessante e dramática... Não vou entrar em muitos pormenores, senão spoilarei muito. O que posso dizer é que a escritora consegue dar novos mundos ao mundo d' O Toque de Midas, novas tonalidades que só nos agarram mais! O livro é também muito cultural e, isto, deve-se não só ao viajado Alexander mas também à miscelânea de culturas e religiões. Chineses, australianos, escoceses, norte-americanos e alemães todos habitam a cidade de Kinross. McCullough também introduz a política e os ideais em revolução do século XIX de uma forma clara e simples, sem ser maçadora. É uma enorme história com amor, infidelidade, labuta, carácter, amizade e mudança. É tão gigantesca que é impossível definir com tão poucas palavras. Também não é mensurável o prazer que me deu ler este livro. Depois de Pássaros Feridos e desta obra, posso afirmar com toda a convicção que esta autora tem o toque de midas. Ambos os livros são ouro precioso e tesouros na minha estante! A sede é tanta que busco por novas preciosidades: livros mágicos que me apaixonem e desenganem mais uma vez. A saga sobre Roma dela está nas minhas prioridades. Agora que a Difel entrou em insolvência vai ser mais complicado coleccioná-la mas, tal como Alexander não desistirei.:p

7/7- OBRA-PRIMA

PS: Obrigada mãe e pai! Amo-vos!:D

3 comentários:

  1. Depois de ler os "Pássaros Feridos" coloquei logo na minha wishlist o "Tim" e "O Toque de Midas". É sem dúvida uma excelente escritora e quanto mais opiniões sobre ela leio, com mais curiosidade fico.

    Boas leituras!

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  2. N conhecia este livro mas sem duvida q vai ficar debaixo de olho

    Boas leituras

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  3. Landa,
    é uma escritora de excelência. Já li dois dela: Pássaros Feridos e o Toque de Midas e adorei os dois!

    Maria,
    é uma leitura brilhante. Tens mesmo de experimentar esta escritora!

    Bjinhos às duas!

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