terça-feira, 3 de maio de 2011

Almas Gêmeas de Alan e Irene Brogan


"Alan e Irene conheceram-se num orfanato, nos anos 50. Ele tinha sete anos, ela tinha nove. Eram ambos sensíveis e solitários. Naquele meio hostil, tornaram-se inseparáveis. Mas a proximidade entre meninos e meninas não era bem vista e, embora se desdobrassem em cuidados e peripécias, o inevitável aconteceu: a inocente amizade foi descoberta. Alan foi levado para outro orfanato sem ter, sequer, direito a um adeus.
Os anos passaram mas o laço entre eles nunca foi quebrado. Nas suas vidas - frequentemente difíceis, sempre solitárias - sabiam faltar algo. Sem saberem, frequentaram durante anos as mesmas lojas, o mesmo bairro… Até que, um dia, quarenta anos depois, Irene e Alan cruzaram-se casualmente na rua. Ambos souberam de imediato que nada nem ninguém voltaria a separá-los.
Relato doloroso de abandono, crueldade e sobrevivência, Almas Gémeas é, acima de tudo, uma história espantosa que confirma uma verdade fundamental: o amor consegue vencer todos os obstáculos."
A MINHA OPINIÃO:

Almas Gémeas é um livro que se lê num ápice! Não é, claramente, uma obra-prima mas, há algo que nos comove nesta história verídica de Alan e Irene. São duas crianças que perdem a mãe e que são despojadas de tudo e institucionalizados. Sem afecto e carinho, Alan e Irene criam uma amizade profunda e inocente. Em Rennie Road, um lar, os dois são felizes, mesmo estando longe das respectivas famílias. Alan promete a Irene que, um dia, casarão e serão felizes. No meio do infortúnio, encontraram a sua alma gémea. Contudo, esta relação é desfeita quando ele é transferido. Sem nunca desistir, tentam durante 40 anos, o reencontro. Este livro é contado a duas mãos: ambos sofreram, regozijaram e lutaram até ao momento em que se apaixonaram de novo, muitos anos depois. É um testemunho emocionante e cheio de obstáculos como a crueldade das pessoas, a miséria e os maus-tratos. Li-o, revirando página após página, encantada pela sinceridade do relato, sem rodeios e eufemismos. Atónita, vi Alan e Irene sobreviverem à penúria, à fome, ao pós-guerra e sobretudo, à brutalidade do mundo. É mais tocante ainda porque é realidade! Como é possível? Tantos anos depois, o feliz encontro! Obviamente, não é brilhante e tem falhas como ser centrado em duas figuras apenas, tornando-o um bocadinho monótono. Porém, é compreensível. Não se trata de romance, é sim, a vida de duas pessoas que se amam e percorreram um longo caminho até atingir a felicidade. Reprováveis são alguns erros ortográficos como presumir sem a letra E e outros semelhantes. Chamo assim à atenção para uma eventual revisão!
4/7- BOM
PS: Obrigada Mãe! Adoro-te!

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