terça-feira, 24 de maio de 2011

Memnoch, O Demónio de Anne Rice


Estamos em Nova Iorque. A cidade está coberta por um manto de neve. No meio dessa brancura, Lestat procura Dora, a bela e carismática filha de um barão da droga, a mulher que desperta nele sentimentos de ternura como nunca outra mortal fizera antes. Dividido entre as suas paixões de vampiro e o amor avassalador que sente por Dora, é a seguir confrontado com o misterioso e demoníaco Memnoch. Arrancado ao mundo por este adversário temível, Lestat é levado até ao reino dos Céus e depois até ao Purgatório. Aí terá de decidir se acredita em Deus ou no Demónio e, por fim, qual dos dois escolherá servir.
Nas primeiras quatro Crónicas do Vampiro, Anne Rice convocou mundos fantásticos e distantes e tornou-os tão ressonantes, reais e imediatos como o nosso. Neste romance, o mais negro e ousado de todos os que escreveu, ela transporta-nos, na companhia de Lestat, para o universo mítico que nos é mais precioso — o reino da teologia de cada indivíduo.

A MINHA OPINIÃO:

Memnoch, o Demónio é mais capítulo na vida de Lestat, o vampiro mais famoso do mundo de Anne Rice.Lestat está em Nova Iorque e persegue a sua próxima vítima, Roger, um fascinante barão da droga que tem uma filha ainda mais sedutora para o vampiro, Dora devotada à religião e ao altruísmo. Pai e filha são completamente diferentes.  Porém, Lestat habituado a ser o predador é também alvo de cobiça de um ser antigo com uma aura negra, que o segue e ele ouve os seus passos atemorizado. O protagonista começa a inquietar-se e o medo cresce ainda mais quando o ser, finalmente, se revela. É Memnoch, o Demónio e procura o imortal para o seu assistente. O anjo caído, arranca Lestat da Terra e fá-lo viajar pelo Céu e pelo Inferno. A mitologia vampírica de Anne Rice enriquece através da sua visão teológica. Os segredos da Criação, a natureza de Deus, a queda de Lúcifer são desvendados. É bastante original o modo como a escritora introduz os elementos cristãos e, ela é única ao interpretar os mistérios da guerra entre Deus e o Diabo pelas almas. Apesar de ter gostado bastante desta abordagem singular, não posso dizer que adorei o livro. Este começa muito lentamente e o primeiro terço do livro resume-se à perseguição de Lestat a Roger e, nem a presença de David e Armand me animaram. Os últimos dois terços são carregados de uma forte carga teológica que, embora seja apelativa pela sua peculiariedade, frustrou-me um pouco. Estava à espera de mais acção! O livro não deixa de ser intrigante filosoficamente e um festim para os admiradores de Anne Rice porém, senti falta de sangue, de Louis que só surge no fim e daquela  leitura compulsiva e inebriante que nos faz virar páginas atrás de páginas. Talvez Rice esteja a tentar introduzir novos temas para abrir novas possibilidades para os restantes livros da saga e eu, simplesmente, fiquei incomodada por esta intromissão de Memnoch e dos seus monólogos, anjos e Deus. Este livro de Anne Rice foi uma leitura mais lenta que as restantes mas, que ainda conserva algum fulgor dos anteriores da saga. Aguardo pelos seguintes!

4/7-BOM

PS: Obrigada Segredo dos Livros!


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