domingo, 12 de setembro de 2010

Literatura Lusófona...

(imagem daqui)

A minha relação com a literatura começou na infância. Uma das minhas memórias mais antigas é estar sentada no sofá a ler um livro dos irmãos Grimm. A literatura lusófona chegou depois. Quem não se lembra do Clube das Chaves? Os livros de Maria Teresa Maia Gonzalez e Maria do Rosário Pedreira foram a primeira série que acompanhei. Embora não tenha lido os livros todos, conheço a história minimamente. Gostei da aventura e do mistério! Na mesma altura, descobri a colecção Uma Aventura de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Histórias perfeitas para despertar para o mundo literário! E com as mesmas autoras, segui o João, a Ana e o cientista da Aivet, Orlando até a outros séculos, nas Viagens no Tempo.
A minha paixão pelo mistério cresceu e, ao longo, da minha adolescência li muitas vezes, um triângulo. O Triângulo Jota, pois claro! Ainda tenho a colecção quase toda!:p
Do Brasil veio Jorge Amado, que me ensinou a História de um Gato Malhado e de uma Andorinha Sinhá.
Depois chegaram Fernando Pessoa, Florbela Spanca, Eugénio de Andrade, Vinicius de Moraes e Luís de Camões. As palavras nunca tinham sido tão belas! A brincar com estas palavras, estava Almeida Garret e Falar a verdade a mentir nunca foi tão sincero! Mais tarde, o Frei que não era frei capturou-me para o século XVI e a pobre e ingénua Maria, no seu acto final, tocou o meu coração. O coração que adorou o corajoso Viriato de João Aguiar em A Voz dos Deuses. Camilo Castelo-Branco e o seu Amor de Perdição apareceram depois. Pois, nunca houve amor igual ao de Simão e Teresa! Nem nunca um foi tão trágico como o de Mariana por Simão! Até surgir Carlos da Maia e Maria Eduarda! Ah, magnífico Eça! Quem puderá esquecer o infame João da Ega e o molengão Eusebiozinho?! Eça de Queirós "cedeu" o seu lugar a José Saramago. As intermitências da Morte foram memoráveis! Inesquecíveis também foram os Sete-Sóis e as Sete-Luas do Memorial do Convento! Nada mau para um autor que eu julgava que ia ser enfadonho e uma verdadeira penitência! Pelo contrário, foram leituras fantásticas! Acredito piamente que há livros lusófonos de grande qualidade, que podem competir com livros com outras origens. Ainda este ano, encontrei autores fenomenais como David Soares, Carla Ribeiro, Gabriel Magalhães, Ana Cristina e Silva, Rosa Lobato Faria, entre outros. Existem outros para descobrir ainda: Hugo Girão, Samuel Pimenta, Pepetela, Fábio Ventura e Sandra Carvalho, por exemplo. E tenciono fazê-lo em breve! Por isso, meus queridos amigos preparem-se!:D

7 comentários:

  1. Sem dúvida que temos escritores bastante bons em Portugal e obras que ficaram, fantásticas! Acho que nunca li um livro tão bom como "Os Maias" de Eça de Queirós. Esse livro conquistou-me pela sua descrição e pela paixão que nele estão contidas. Almeida Garret é outro nome que fica. Não posso dizer que adoro os livros de José Saramago. Gosto da história do Memorial do Convento, mas por vezes a escrita torna-se um pouco enfadonha nalgumas descrições exautivas que faz. Dele, apenas li as Pequenas Memórias, para além do Memorial.
    Sandra Carvalho é um nome português a ter em conta no que toca à literatura fantástica. Sem dúvida, dos livros mais apaixonantes que li.
    Sou um grande apoiante dos autores portugueses e espero que a nossa literatura continue a crescer, para que um dia o mundo também a possa conhecer =)

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  2. Que memórias tão boas :-)
    Também li a colecção Uma Aventura, Os Cinco, Os Sete (estes foram herdados), Viagens no Tempo, mas adorava mesmo os livros da Alice Vieira.
    Rosa, Minha Irmã Rosa, Lote 12 2.º Frente, Chocolate à Chuva, A Lua Não Está à Venda (entre todos os outros) foram livros que me marcaram e que espero que a minha filha venha também a ler :-)

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  3. Dos autores que referes já li alguma coisa deles, de quase todos!
    De Maria Gonzalez adorei "A Lua de Joana" e "O Guarda de Praia" foram dois livros que me marcaram na adolescência.
    Um que ainda estou para conhecer e que referes é o falecido João Aguiar e é mesmo esse livro que quero ler. Também quero ler "História de um gato malhado e de uma andorinha sinhá", muito embora já conheça Jorge Amado.
    Depois há dois autores que não referes, João Tordo e José Cardoso Pires que também tenho muita curiosidade em ler algo deles.
    Ah! E Jojo, por favor, não troques o nome a José Saramago! ;)

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  4. Que bom saber as vossas opiniões!!!

    tonsdeazul.
    obrigada pelo reparo. Como é que é possível?! Trocar o nome de Saramago! Já corrigi.

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  5. olá Jojo,
    Sempre que venho ao seu blog, desculpe a sinceridade, mas fico com tanta inveja.... como consegue ler tanto... quem me dera!!!!
    Como já lhe tinha dito descobri Jose Luis Peixoto estas férias e fiquei absolutamente apaixonada pela sua escrita.
    Adoro Pepetela, Eça de Queirós, Jorge Amado e tantos outros.
    Pena que não tenha "falado" de Miguel Torga, Julio Dinis.
    Isabel Stiwell é a minha proxima leitura, assim como Jose Manuel Saraiva.
    Jose Saramago confesso que só li um livro "o ano da morte de Ricardo Reis.
    Gosto imenso de "passar" por aqui, continuação de otimas leituras.
    Bjs
    Dulce Barbosa

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  6. Olá Dulce!
    Bem-vinda ao blog mais uma vez! E obrigada pela opinião. u não conheço ainda José luís Peixoto. estou a pensar adquirir o seu novo livro.Miguel Torga adoro-o! Tem poemas magníficos! Espero um dia ler os Bichos mas, ainda não encontrei uma edição decente.E não posso esquecer a Morgadinha dos Canaviais de Júlio Dinis, um clássico que não quero perder.
    Há muito para ler ainda pelo vistos!:D

    Bjinhos e boas leituras!

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  7. Olá Jojo,
    Vir até aqui já é "vicio"!!
    Júlio Dinis prefiro "Uma família Inglesa" pois a acção decorre na minha cidade - o Porto. De Eça prefiro sem duvida "A Cidade e as Serras" é divinal.
    Eu reli recentemente "Os Bichos" e agora estou a ler "Diário VI" que comprei na feira do livro por 1€.
    Mas sabe com filho, marido e emprego é difícil arranjar tempo para ler.
    Bjs
    Dulce Barbosa

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