Há apenas alguns meses,
Tom Boyd era um escritor famoso em Los Angeles, apaixonado por uma
célebre pianista. Mas na sequência de uma separação demasiado pública,
fechou-se em casa, sofrendo de bloqueio artístico e tendo como única
companhia o álcool e as drogas. Certa noite, uma desconhecida aparece em
sua casa, uma mulher linda e completamente nua. Diz ser Billie, uma
personagem dos romances dele, que veio parar ao mundo real devido a um
erro de impressão do seu livro mais recente. A história é uma loucura,
mas Tom acaba por acreditar que aquela deve ser de facto a verdadeira
Billie. E ela quer fazer um acordo com ele: se ele escrever o seu
próximo romance, ela poderá regressar ao mundo da ficção. Em troca, ela
ajuda-o a reconquistar a sua amada Aurore. O que tem ele a perder?
A MINHA OPINIÃO:
A Rapariga de Papel é, em certa medida, fiel ao estilo de escrita de Musso. É recheado de acontecimentos surreais tais como a ideia de uma personagem cair de um livro e confrontar o seu escritor. O início deste livro é contagiante e voraz. Tom Boyd não é das pessoas mais agradáveis no início e o seu caminho para a auto-destruição é condenável porém, há algo nele que nos indicia que ele é passível de compaixão e compreensão. Estes sentimentos são, depois fundamentados pela história tocante de Tom e dos seus dois amigos de infância, uma mulher e um homem, num bairro problemático. Os dois ainda se mantêm por perto sendo que, ele é o seu agente e ela é polícia. Tom Boyd é, na verdade, uma excelente pessoa. Ele foi a âncora e a tábua de salvação para os seus amigos. Todavia, não é imune ao desgosto de amor e depois, ao bloqueio de escritor. Boyd é um protagonista empolgante porque, é incrivelmente realista nos seus desencontros e reencontros da vida. Normalmente, a magia de Musso é aliar um personagem credível com outro que tem os pés assentes no surreal. Billie, criada por Tom Boyd que cai de um livro mal impresso é o toque característico do escritor. O confronto de Billie com Tom é vibrante! O próprio leitor se deixa apanhar na magia que é um personagem ajudar o seu criador. O livro torna-se uma paixão e como tal é irresistível. Tudo seria perfeito se não fosse o fim tão incongruente para as obras de Musso. O escritor opta pelo final mais "normal" e vulgar e ele, próprio, desfaz o sonho. É decepcionante alcançar as últimas linhas e não encontrar uma réstia do esplendor dos capítulos anteriores. Este é certamente, um livro que merecia muito mais!...
3.5/7- RAZOÀVEL
3.5/7- RAZOÀVEL
Sempre tive muita curiosidade com este autor!!!
ResponderEliminarUhh look de outono no blog! Gosto
Beijo