domingo, 13 de maio de 2012

Os Apanhadores de Conchas de Rosamunde Pilcher


Penelope Keeling, filha de artista, é uma mulher suficientemente independente e activa para aceitar passivamente a velhice. 
Olha para trás e recorda a sua vida: uma infância boémia em Londres e em Cornwall, um casamento desastroso durante a guerra e o homem que ela verdadeiramente amou.
Teve três filhos e aprendeu a aceitar cada um deles com as suas alegrias e desilusões.
Quando descobre que o seu bem mais importante vale uma fortuna - Os Apanhadores de Conchas -, um quadro que o pai lhe deu de presente e pintado por ele próprio, é ela que passa a decidir e determinar se a sua família continuará a ser mesmo uma família ou se se fragmentará definitivamente.
Os Apanhadores de Conchas é o mais importante romance de Rosamunde Pilcher, confirmado pelas inúmeras semanas na lista dos best-sellers da revista americana Publishers Weekly e do The New York Times Book Review.

A MINHA OPINIÃO:

Os Apanhadores de Conchas foi uma leitura deliciosa!À superfície parece uma história simples mas, Rosamunde Pilcher disseca os sentimentos e as emoções subtilmente e quando damos por nós, estamos tão envolvidos nas vidas das personagens que não os queremos largar. O livro alterna entre várias épocas, evocando a nostalgia e a saudade de tempos idos e a esperança de tempos que virão. A autora põe a nu todas as disfunções e quezílias da família protagonista. As suas imperfeições, ambições e sonhos estão a descoberto e o leitor, como juiz e senhor deste tribunal condena e absolve os personagens. É fácil detestar ou simpatizar com as suas acções.Mas, isso não os torna maus. São simplesmente humanos. Através de Penelope, conhecemos Cornwall na altura da Segunda Guerra Mundial em que, os alimentos escasseavam e relações brotavam ou se degradavam. A guerra trazia mudanças: os maridos e os filhos partiam e só ficavam os que não podiam combater. Nada era seguro e, às vezes, o impulsivismo e a vontade sobreponha-se à razão. Na Londres actual, acompanhamos os filhos de Penelope e a jovem Antonia. Nancy e Noel foram os filhos que menos me agradaram com as suas atitudes no entanto, não consegui evitar sentir compaixão por eles. Olivia foi aquela que eu mais apreciei por causa da sua honestidade e frontalidade. Mas, foi Penelope, a mãe que me apaixonou. Ela é a atracção central do livro. A sua história marcada por segredos, amor, erros, desilusões e perdas é tão humana e tão bela!É uma vida cheia de acontecimentos marcantes que sentimos como se fosse nossa. A autora interliga-a com a Antonia e fecha-se um ciclo, um reencontro com o passado.A família são aqueles que amamos. É uma leitura ternurenta, verdadeiramente enriquecedora em valores e morais que faz com que desejemos viver na Inglaterra rural cercados por um jardim maravilhoso...

5/7- MUITO BOM

PS: Obrigada querida Fernanda por esta bela e inesperada surpresa!:)

2 comentários:

  1. Ora aqui está uma opinião que me deixou curioso... tenho este livro (que saiu com os livrinhos da Sábado) e nunca lhe peguei... quem sabe um destes dias.
    Preparo-me para me lançar de novo nas "Crónicas de Gelo e Fogo" um ano depois de ter iniciado "A Guerras dos Tronos".
    Estás a gostar de "O Jogo do Anjo"?
    Beijinhos e Boas Leituras

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    1. Nuno, eu também daqui a pouco lanço-me as Crónicas outra vez. Já acabei o Jogo do Anjo. Gostei bastante. Vou publicar a minha opinião em breve:)

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