Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.
A MINHA OPINIÃO:
A Rapariga que roubava livros é inesquecível! É a melhor palavra que existe no dicionário para o definir. O início é altamente impactante e original porque apresenta a Morte como narradora. O que podia ser algo impensável e mórbido não o é, pois, o seu relato apesar de ser fatalista ( convenhamos ela é a Morte!) não deixa de ser esperançoso. A sua honestidade consegue até roçar o hilariante!
As primeiras páginas são marcadas pela adaptação do leitor à escrita peculiar de Markus Zusak. Esta maneira distinta de contar é como íman que nos atrai para dentro do livro. No entanto, após os primeiros capítulos cheguei a temer o pior porque o senti esmorecer. Só que, pouco tempo depois, a relação entre Liesel e Hans Huberman, o seu pai adoptivo, começou a evoluir vertiginosamente e assim a atracção da Morte pela história de Liesel tornou-se minha. O amor da protagonista pelos livros é algo que ressoa em mim. As palavras são poder, imaginação e esperança em tempos atribulados.
Esta obra é de uma riqueza incalculável porque a cada momento descobrimos um sentimento que nos remete para a história, ou seja, nunca deixamos verdadeiramente o livro. Mesmo quando o fechamos Max, Hans, Rosa, Rudy e Liesel ficam connosco. Ele mostra um outro lado do Holocausto. Normalmente, os livros sobre o tema focam-se sobre o lado judeu todavia, este visa o lado alemão. Foca-se naqueles que foram forçados a combater pela causa nazi que abominavam e que sofreram as consequências de uma guerra que não provocaram. A fome e o desespero são constantes na rua Himmel contudo, Liesel constrói grandes relações, tem grandes gestos e muitos são através de pequenos e, supostamente, insignificantes objectos, os livros. A leitura também pode ser conforto. Juntamente com o fiel amigo Rudy cuja lealdade é invulgar, ela busca um modo de sobreviver à fome fisiológica mas também à fome psicológica. O alimento que a sacia não é exclusivamente, material. Aí entram os livros, o amor por Rosa, Hans, Rudy e a tocante amizade com Max, um pugilista judeu. Aliás, este último é a personagem principal de alguns momentos fenomenais. Um simples céu estrelado que tomamos como garantido é algo de extraordinário para Max que vive numa clausura necessária. A maneira como Liesel lhe traz um pouco do mundo de lá fora ao seu amigo é belíssima e enternecedora.
A Rapariga que Roubava Livros é um hino ao espírito humano e uma crítica à podridão humana. Mostra a força das palavras que podem salvar vidas ou serem o seu fim. É um livro de descrições precisas mas onde a imaginação é fértil! É ímpar e marcou-me para sempre...
7/7-OBRA-PRIMA
As primeiras páginas são marcadas pela adaptação do leitor à escrita peculiar de Markus Zusak. Esta maneira distinta de contar é como íman que nos atrai para dentro do livro. No entanto, após os primeiros capítulos cheguei a temer o pior porque o senti esmorecer. Só que, pouco tempo depois, a relação entre Liesel e Hans Huberman, o seu pai adoptivo, começou a evoluir vertiginosamente e assim a atracção da Morte pela história de Liesel tornou-se minha. O amor da protagonista pelos livros é algo que ressoa em mim. As palavras são poder, imaginação e esperança em tempos atribulados.
Esta obra é de uma riqueza incalculável porque a cada momento descobrimos um sentimento que nos remete para a história, ou seja, nunca deixamos verdadeiramente o livro. Mesmo quando o fechamos Max, Hans, Rosa, Rudy e Liesel ficam connosco. Ele mostra um outro lado do Holocausto. Normalmente, os livros sobre o tema focam-se sobre o lado judeu todavia, este visa o lado alemão. Foca-se naqueles que foram forçados a combater pela causa nazi que abominavam e que sofreram as consequências de uma guerra que não provocaram. A fome e o desespero são constantes na rua Himmel contudo, Liesel constrói grandes relações, tem grandes gestos e muitos são através de pequenos e, supostamente, insignificantes objectos, os livros. A leitura também pode ser conforto. Juntamente com o fiel amigo Rudy cuja lealdade é invulgar, ela busca um modo de sobreviver à fome fisiológica mas também à fome psicológica. O alimento que a sacia não é exclusivamente, material. Aí entram os livros, o amor por Rosa, Hans, Rudy e a tocante amizade com Max, um pugilista judeu. Aliás, este último é a personagem principal de alguns momentos fenomenais. Um simples céu estrelado que tomamos como garantido é algo de extraordinário para Max que vive numa clausura necessária. A maneira como Liesel lhe traz um pouco do mundo de lá fora ao seu amigo é belíssima e enternecedora.
A Rapariga que Roubava Livros é um hino ao espírito humano e uma crítica à podridão humana. Mostra a força das palavras que podem salvar vidas ou serem o seu fim. É um livro de descrições precisas mas onde a imaginação é fértil! É ímpar e marcou-me para sempre...
7/7-OBRA-PRIMA
TRAILER DO FILME:
É mesmo um excelente livro! :D
ResponderEliminarO filme também é muito bom:)
EliminarViva,
ResponderEliminarGostei imenso da tua opinião e de facto estamos na presença de um livro excelente ;)
Bjs e boas leituras
Olá Fiacha:)
EliminarObrigada. É mesmo excelente. Estive reticente em lê-lo mas ainda bem que o fiz.
Beijinhos*
Há muito tempo que quero ler este livro.... Não se tem proporcionado a isso :D
ResponderEliminarEspero em breve poder vir a fazê-lo, antes de ver o filme, pois se fizer o contrário, já sei que não o lerei.
Gostei muito desta opinião Jojo. Mostras uma emoção muito grande.
Nuno, este é um livro que te recomendo sem reservas.
EliminarEu também preferido ler o livro antes do filme. Vi o filme depois e está bastante fiel:)
Lindo mesmo :D
ResponderEliminarObrigada por me recomendares:)
EliminarOlá =)
ResponderEliminarExcelente opinião.
Também li e gostei muito. É exatamente isso que contas e exprimes o que mais me comoveu ao ler esta obra prima.
Beijinhos e boas leituras!
Olá Maria:)
EliminarObrigada.
É Tão bom encontrar pessoas que sentiram o mesmo que nós quando leram o livro ;)
Beijinhos*
olá Jojo,
ResponderEliminarJá li este livro há algum tempo, e adorei!!!
Vi o filme na semana passada e achei fantástico!!!
Bjs
Dulce Barbosa
Olá Dulce,
EliminarEu também já vi o filme. Apesar de estar muito fiel, continuo a achar que o livro é mais marcante.
Beijinhos*
Livro fantástico e um dos meus preferidos . A história é simplesmente linda!
ResponderEliminarOlá Ana,
Eliminartambém se transformou nos dos meus preferidos:).
Olá Jojo,
ResponderEliminarTambém gostei muito deste livro, apesar de a certa altura o ter achado muito parado e pouco entusiasmante, mas passada essa parte, não há como não achar que este livro é em si algo único. Tocante sem dúvida!
Bjinhos ;)
Olá Tânia,
EliminarEu também tive um momento desses mas depois o livro ganhou fôlego e tornou-se numa das melhores leituras deste ano até agora.
Beijinhos*
Olá Jojo,
EliminarAcabei de te nomear para responderes a uma Tag, passa pelo blog ;)
http://ruadepapel.blogspot.pt/2014/03/tag-breaking-spine.html
Obrigada Tânia:) Vou passar por lá!
EliminarFoi um dos mais belos livros que li nos últimos tempos. Inesquecível, como dizes.
ResponderEliminar;) Sem dúvida, um livro belíssimo!
EliminarAinda não li o livro por completo, porque o mesmo era emprestado e minha colega o pediu de volta, mas pretendo ler. Já vi ao filme e adorei, muito linda a história ao mesmo tempo que triste, narrada em um tempo que nem deveria existir na história, mas infelizmente existe a época de Hitler...
ResponderEliminarGostei de seu ponto de vista sobre o livro. Até mais. Muito bom conhecer seu blog.
http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Olá Realidade Caótica,
EliminarBem-vindo!
Este é um livro que merece ser lindo mesmo após se ter visto o filme. Há coisas que são impossíveis colocar no filme..
Também gostei muito do livro!! ^^
ResponderEliminarTenho a opinião para escrever em breve! :D agora só falta ver o filme!
Gostei muito de ler a tua opinião! Beijinhos!
Beijinhos!
Carolina, a seguir vou ver a tua opinião;)
EliminarBeijinhos*