quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

As Mulherzinhas de Louisa May Alcott

As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy conhecem algumas dificuldades depois da partida do seu pai para a guerra e dos problemas económicos que a família enfrenta. Mas o espírito lutador e de união que reinam naquele lar ajudam-nas a seguir em frente. Quer em casa quer nas relações com os amigos e vizinhos, elas conseguem surpreender e continuar e ser fiéis aos seus sonhos, vivendo cada dia com esperança e boa-disposição. Um história em que o amor e a coragem se revelam mais fortes do que todas as dificuldades que estas quatro raparigas, juntamente com a sua mãe, têm de enfrentar.

A MINHA OPINIÃO:

As Mulherzinhas é um clássico entre os clássicos. Tem inúmeras adaptações televisivas, teatrais e cinematográficas que sempre despertaram a minha curiosidade mas, antes resolvi dar uma oportunidade ao livro. É uma leitura ternurenta e esperançosa apesar de, se passar durante a Guerra Civil Americana. As irmãs March: Meg, Jo, Beth e Amy são adoráveis, cada uma com personalidades e paixões distintas. Jo com o seu amor pela escrita, pelos livros e o seu modo maria-rapaz e, Amy pela transformação de menina mimada em mulher responsável e generosa são as minhas favoritas. Theodore Lawrence, "Laurie", o rapaz solitário que, um dia respira da bondade e da alegria da casa March é uma personagem peculiar porque o seu destino é incerto e quase certo. Laurie define-se por este trocadilho pois, desde do princípio do livro intuí que o seu futuro estaria sempre ligado as irmãs March porém, qual seria o papel? O de eterno consolador, melhor amigo ou marido? Quatro irmãs e um rapaz deslocado da sociedade da época são valiosos e preciosos modelos de resiliência, amizade duradoura e família. A emoção e a leitura deste clássico de Louisa May Alcott são, neste caso, indissociáveis. É impossível não sentir algo por estas personagens! Frequentemente moralizador, As Mulherzinhas é rico em valores há muito tempo obnubilados pelo tempo imperdoável e consumista. As March são confrontadas pela tentação do materialismo contudo, sempre voltam ao que é fundamental: ao amor, à união e aos sentimentos.O tom juvenil que a escritora imprime neste livro é o seu único pecado. É muito atractivo e idílico para a fase da adolescência todavia, aborrecido para as faixas etárias mais velhas.Atinge aquela perfeição tão perfeita que chegar a tocar a incredulidade.Lido na idade adequada, este livro é um tesouro! É afectuoso com quatro irmãs e heroínas da vida lidando com a guerra, a infância e  a adolescência. À medida que crescem, cada uma à sua maneira, o seu quotidiano e suas decisões tornam-se cada vez mais difíceis e complexas e com eles, vem responsabilidade e maturidade. O seu percurso é uma lição já que, face à adversidade, elas resistem, apoiando-se naquilo que lhe é mais querido, a família. Um clássico ideal para ler na juventude não obstante, foi bastante enriquecedor e refrescante. Não há nada melhor que uma boa história despojada de artifícios e de superficialidade para captar a minha atenção!

4/7- BOM ***

PS: Obrigada Segredo dos Livros!

7 comentários:

  1. Também achei um livro muito terno, mas gostaria de o ter lido durante a adolescência para me identificar mais com as personagens e com o mundo recriado por Alcott.
    Podes ver a minha crítica aqui: http://folhasdepapel.wordpress.com/2010/02/01/mulherzinhas-de-louisa-may-alcott/
    Boas leituras!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Já lá passei e é muito engraçado verificar que duas pessoas diferentes têm quase a mesma opinião sobre o mesmo livro! Boas leituras!;)

      Eliminar
  2. Eu tive a sorte do o ter lido na altura certa, no início da adolescência, e foi um livro que me marcou. É um livro muito especial, diria mesmo mágico, pois acompanhei as personagens como se fossem minhas amigas e, quando acontece a tragédia, senti-a como se fosse minha também...

    Não sei se alguma vez o voltarei a ler, pois tenho receio de que perca a sua magia.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu também evito ler os livros da minha adolescência ou infância. Na altura, foram fantásticos mas várias leituras e anos depois será que continuarão a ter a mesma magia? O Diário de Anne Frank marcou os meus 12/13 anos contudo, ao abri-lo ontem já não houve aquela atracção de outrora.

      Eliminar
  3. Landslide, sinto isso com alguns dos meus livros da infância e adolescência. Acho que prefiro ficar com a recordação de quando li pela primeira vez :)

    ResponderEliminar
  4. Também eu li "AS Mulherzinhas" na minha adolescência porque era apaixonada pelos desenhos animados. E na altura identificava-me imenso com as quatro irmãs. Foi por causa deste livro que comecei a ler os clássicos da literatura da Europa-América.
    Concordo com vocês que hoje em dia se o lêsse não teria a mesma magia mas é um livro que guardo boas recordações!

    ResponderEliminar
  5. Olá

    Já li este livro três vezes. Sendo que a última delas foi quando já andava na faculdade. Por um lado corre se o rsico de se perder a magia (o que não aconteceu, no meu caso), por outro tens outra mentalidade para compreender o livro e dar-lhe o devido valor. Gostei muito das três vezes que o li.

    Beijocas

    ResponderEliminar