domingo, 27 de março de 2011

A Filha da Profecia de Juliet Marillier


"No seguimento de A Filha da Floresta e O Filho das Sombras, Juliet Marillier apresenta-nos agora A Filha da Profecia, assombrosa conclusão da trilogia Sevenwaters. Uma história de lealdade e amor carregada de elementos mágicos, que recorda o passado Celta da Irlanda. Fainne foi ciada numa enseada isolada na costa de Kerry, com uma infância dominada pela solidão. Mas o pai, filho exilado de Sevenwaters, ensina-lhe tudo o que sabe sobre artes mágicas. Esta existência pacífica será ameaçada em breve, e a vida de Fainne jamais será a mesma. Quando a avó, a temida feiticeira Lady Oonagh, se impõe na sua vida. Com a perversidade que a caracteriza, a feiticeira conta a Fainne que tem um legado terrível: o sangue de uma linhagem maldita de feiticeiros foras-da-lei, incutindo nela um sentimento de ódio profundo e, ao mesmo tempo, a execução de uma tarefa que deixa a jovem aterrorizada. Enviada para Sevenwaters com o objectivo de destruí-la, vai usar todos os seus poderes mágicos para impedir o cumprimento de uma profecia. A trilogia que apresentamos traz-nos toda a riqueza da mitologia celta e o fascínio dos contos de fadas que vivem no nosso imaginário, transportando-nos para um mundo de aventuras e misticimo."


A MINHA OPINIÃO:


A Filha da Profecia é um livro que só engrandece esta trilogia soberba! Desta vez, Fainne, a protagonista nasceu muito longe de Sevenwaters, em Kerry. É também muito distinta das personagens principais dos volumes anteriores, Sorcha e Liadan. Em Fainne, encontrei sempre um lado obscuro que a perseguia e a leitura tornou-se ainda mais apelativa, se é que isto é possível. Pelo título do livro em português, deduz-se, logo, que ela será uma peça fundamental na concretização da trilogia. O título original, Child of Prophecy, não spoila tanto. Apesar disso, foi com entusiasmo que prossegui e, mais uma vez, o fascínio foi inevitável. Há algo em Juliet Marillier que nos agarra. Será a sua narrativa belíssima e credível? Ou será a sua capacidade sublime de unificar a fantasia com a emoção? Não sei bem... A única certeza que tenho é: os seus livros e, este não excepção, são portas abertas para uma completa alienação. Esqueci-me do mundo lá fora sempre que abria o livro! Parecia que o mundo real era aquele em que viviam: Fainne, Darragh, Ciarán, Finbar, Liadan e Jonhny. Sorri, sofri com elas e torci para que o futuro lhes fosse favorável. Ciarán é das minhas personagens favoritas de toda saga! O pai de Fainne é um feiticeiro ou um druida que perdeu o rumo mas, sobretudo é um homem que amou mais do que a própria vida, desafiando as leis terrenas e os laços de sangue. Fainne é a menina dos seus olhos, relembra-lhe a mulher que amou e, é a sua esperança e o seu único conforto na escuridão. Além de Ciarán, Finbar é daqueles personagens que não se esquece facilmente. Conheci-o na sua juventude e segui-o ao longo dos livros, sentindo com ele, o peso da sua maldição!Contudo, todos os intervenientes são-me queridos e, agora ao fechar o último livro da trilogia, fui surpreendida pela nostalgia. Desde a história de Sorcha, passando pela de Liadan até a de Fainne, todas me tocaram. Porém, este livro é o meu favorito! Porque o final não podia ser mais perfeito e mais bem feito! O confronto final, a guerra para recuperar as Ilhas, é apoteótico que susti a respiração e o amor de Darragh por Fainne é tão puro que a insistência dele em a proteger de si própria é enternecedora. Nesta história, há também uma mensagem nas entrelinhas: a preservação do mundo em que vivemos! Pois, sem ele não há beleza apenas solidão!


7/7- OBRA-PRIMA

2 comentários:

  1. É também o meu preferido. Acho que Fainne é uma personagem bastante diferente das outras protagonistas, justamente porque é ela que tem uma sombra dentro de si e tem de lutar consigo mesma. Lindo! Estou com vontade de reler à trilogia.

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  2. Revi-me em grande parte do que disseste sobre este livro (não o prefiro aos outros dois, mas também não gosto menos) e sobre a trilogia em geral. Também concordo com o que dizes sobre a autora e a sua escrita. De facto, ela escreve exemplarmente (tem metáforas e imagens belíssimas, por exemplo) e, ao mesmo tempo, as suas histórias agarram o leitor.

    Gostei de ler a tua opinião! :)

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