terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Ilha dos Encantos de Mary Nickson


Feito de histórias de afecto, recordações, esperança no futuro e acertos de contas com o passado, A Ilha dos Encantos tem como protagonistas Victoria, órfã desde os seis anos, e Evanthi, sua avó e dona da casa veneziana onde Victoria passava as suas férias, até casar com Richard.
Com a repentina e inesperada morte do marido, e mergulhada numa profunda depressão, Victoria decide abandonar a localidade onde vive, e refugiar-se na saudosa casa veneziana da avó. Aí, na idílica ilha do mediterrâneo, Victoria parece ter encontrado forças para superar a dor do luto e refazer a sua vida. Mas para enfrentar o futuro é preciso averiguar a verdade sobre o passado…
Ambientado num mediterrâneo intocado, na essência da alma grega e ao estilo das grandes sagas familiares, A Ilha dos Encantos é um romance escrito de forma notável e com desmedida sensibilidade.

A MINHA OPINIÃO:

A Ilha dos Encantos é uma viagem maravilhosa à ilha de Corfu na Grécia! A magnífica casa veneziana de Vrahos é testemunha de um amor que foi e de um amor que será. São duas histórias belíssimas completadas pelas inesquecíves paisagens, tão brilhantemente descritas pela autora. Além do amor, Mary Nickson aborda também a perda, o luto e a verdade. Como lidar com uma verdade devastadora que põe em dúvida anos de relação? Victoria é uma mulher recém-viúva com um filho pequeno que tenta ultrapassar a morte do marido e, enfrentar uma mentira, ou melhor, uma omissão que a leva a pôr em causa tudo o que fez até agora. Corre para o seu refúgio de infância, os braços de sua avó, Evanthi. E na Grécia, em trabalho, também está Patrick Hammond. Pai de três filhos e com um casamento prestes a se despedaçar, Patrick não esperava reencontrar o amor tão cedo. Victoria e Patrick também partilham um passado que ambos desconhecem. É um livro com uma escrita agradável, romântico, sem cair no ridículo e realista, na medida em que foca a família e não só os amantes e a transformação que nela tem de ocorrer face a uma nova situação. Os filhos que ficam divididos pelo divórcio dos pais, um filho que recusa a "substituição" da figura paterna, a obsessão e possessividade que se confunde com amor e o poder da escolha são temáticas abordadas. Apesar das 500 e poucas páginas, é fluido e, quando o abria, regressava sempre aquela ilha idílica que tanto me fascinou. Contudo, o maior defeito ou a maior virtude (depende do ponto de vista) desta obra é a sua previsibilidade. Alguns destinos são fáceis de decifrar; todavia, não tira o encanto ao livro.

4.5/7 -BOM*

PS:Obrigada Segredo dos Livros!

2 comentários:

  1. Já quero ler este livro à algum tempo, agora ainda fiquei com mais vontade!
    Gostei da tua opinião. :)
    Boas leituras!

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  2. Olá, gostei muito do teu blog. Fiquei curiosa em relação a este livro, espero ter oportunidade de vir a ler. Já li Jardim de alfazema, adorei :) Beijinho*

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