quinta-feira, 20 de setembro de 2012

As Horas Distantes de Kate Morton



Tudo começa quando uma carta, perdida há mais de meio século, chega finalmente ao seu destino...

Evacuada de Londres, no início da II Guerra Mundial, a jovem Meredith Burchill é acolhida pela família Blythe no majestoso Castelo de Milderhurst. Aí, descobre o prazer dos livros e da fantasia, mas também os seus perigos.
Cinquenta anos depois, Edie procura decifrar os enigmas que envolvem a juventude da sua mãe e a sua relação com as excêntricas irmãs Blythe, que permaneceram no castelo desde então. Há muito isoladas do mundo, elas sofrem as consequências de terríveis acontecimentos que modificaram os seus destinos para sempre.
No interior do decadente castelo, Edie começa a deslindar o passado de Meredith. Mas há outros segredos escondidos nas paredes do edifício. A verdade do que realmente aconteceu nas horas distantes do Castelo de Milderhurst irá por fim ser revelada...

A MINHA OPINIÃO:

Kate Morton é das minhas escritoras favoritas! Não escondo que os seus dois primeiros livros me fascinaram tanto que os li até madrugada, freneticamente. Ela tem a habilidade extraordinária de contar uma história entre o passado e o presente que não é confusa ou fatigante. As suas páginas estão carregadas de mil segredos e de mil descobertas. As Horas Distantes não é excepção. Contém  mesmo toque de magia e é abençoado pelos incríveis cenários nomeadamente, o Castelo de Middlehurst em que nos perdemos e nos reencontramos. Porém,  para mim este livro não é tão cintilante como os restantes. Apesar de ser uma leitura deliciosa, não me envolveu tanto. As irmãs Blythe são personagens peculiares e relativamente cativantes especialmente, a enigmática e etérea Juniper contudo, o ritmo desta leitura não atingiu o que eu esperava. A história rica e lindíssima mas, o inicio é marcado pela descrição em detrimento da acção. Não há harmonia ao contrário de nos outros livros de Kate Morton. Sendo uma das minhas autoras predilectas, não poderia deixar referenciar este detalhe. O Jardim dos Segredos e A Casa de Riverton maravilharam-me precisamente por serem equilibrados. Além de apresentarem personagens e lugares fascinantes, a acção e descrição complementavam-se não havendo supremacia de nenhuma. É tão raro encontrar livros assim! As Horas Distantes peca por não imitar os seus predecessores a este nível. Ainda assim, possui os seus encantos e os últimos capítulos não são lidos, são devorados tal é a ansiedade do leitor em deslindar o mistério das irmãs Blythe. E como todo livro desta autora está recheado de surpresas que nos atordoam com as suas revelações! Viajamos no tempo e descortinamos almas apaixonadas, corações atormentados, sorrisos esquecidos, sonhos despedaçados que só encontram paz no futuro. As Horas Distantes pode não ser tão esplendoroso como as outras obras de Morton não obstante, não deixa de arrebatar o leitor.

5/7-MUITO BOM

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