quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os Pilares da Terra I e II de Ken Follet

Na Inglaterra do século XII, Tom, um humilde pedreiro e mestre-de-obras, tem um sonho majestoso – construir uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime, digna de tocar os céus. E é na persecução desse sonho que com ele e a sua família vamos encontrando um colorido mosaico de personagens que se cruzam ao longo de gerações e cujos destinos se entrelaçam de formas misteriosas e surpreendentes, capazes de alterar o curso da história. Recheado de suspense, corrupção, ambição e romance, Os Pilares da Terra é decididamente a obra-prima de um autor que já vendeu 90 milhões de livros em todo o mundo.

A MINHA OPINIÃO:


Os Pilares da Terra é uma obra grandiosa de Ken Follet! A edição portuguesa foi dividida em dois volumes porém, optei por elaborar uma opinião conjunta. É assombroso como o escritor agrega as histórias de vida dos pobres, as intrigas dos nobres e a guerra civil inglesa (anarquia) em torno da construção de uma catedral no século XII. Inicialmente, a catedral é o sonho de um simples pedreiro, Tom. É um homem de fé e de visão e acredita que a beleza da arquitectura alcançará Deus. Contudo, à medida que os anos passam a catedral transforma-se num estandarte de esperança não só para Tom mas também para todos que se abrigam na sombra das suas paredes . É um símbolo de resiliência face à adversidade, um meio de subsistência de um pequeno vilarejo e um farol para aqueles que encontram na fé, a sua tábua de  salvação. O livro apela à nossa compaixão e à nossa curiosidade e induz um estado de fascínio irracional pois, é quase impossível largá-lo. A escrita de Follet não é rebuscada. É simples sem grandes brilhantismos todavia, são as suas personagens e a história gloriosa atravessando gerações que são merecedoras de todos elogios. O autor criou intervenientes credíveis que almejam o poder,o amor, a vingança, a justiça ou simplesmente a sua subsistência e a da família. Cada personagem tem os seus demónios e as suas virtudes  que as colocam na lista das amadas ou na das odiadas. Insinuar que este livro é só sobre a construção de uma catedral é quase pecaminoso! Sim, a construção do edifício predomina em quase todos os capítulos mas, estes também contam as agruras e as vicissitudes da vida de penúria na Idade Média durante uma guerra sangrenta em que as personagens fazem tudo para sobreviver e para satisfazer as suas ambições sejam elas quais forem . No clero, existem bons e maus assim como na nobreza. Porém, bom e mau é relativo porque os seus objectivos até são compreensíveis apesar de os meios para lá chegarem serem, por vezes, moralmente e eticamente questionáveis. No fundo, são pessoas como nós sendo tão genuínas que é impossível não ter empatia com elas . Tom foi aquele que me cativou logo de início. É um homem humilde com um grande sonho mas, que a vida tende a espezinhar. Os seus erros, os seus remorsos e a sua luta pela sobrevivência só me aproximaram ainda mais dele. Phillip, prior de Kingsbridge é outro personagem memorável de mente arguta e sagaz que cresce ao longo de todo o livro. A sua inocência política das primeiras páginas é ofuscada pelas magníficas manobras que ele desencanta para salvar a sua catedral e a sua população. Phillip é um estratega da Fé porém, a contrabalançar a sua bondade e justiça está Waleran, bispo de carácter duvidoso que não hesita em esmagar os inimigos. Alianças são forjadas e desfeitas com a mesma rapidez com que viramos uma página. No meio destas teias de conspirações, está Jack que me maravilhou com a sua estranheza e capacidade de sonhar. Jack ganha grande destaque na segunda parte da história já que, ele é o mais aventureiro de todos partindo em busca de respostas. Aliena, outra personagem marcante é a jovem filha de um conde cuja vida é destroçada pelos Hamleigh sedentos de poder. É uma mulher persistente que se alimenta de uma promessa. Jack e Aliena condimentam o livro com a sua relação amorosa intensa e altamente improvável.No entanto, atrevo-me a dizer que não existem personagens principais. Todas são importantes e todas contribuem para a grandiosidade desta obra. A arquitectura e a invenção também são preponderantes e o escritor dedica grande parte de alguns capítulos a elas. Não as achei maçadoras pelo contrário, achei-as enriquecedoras. É sempre bom expandir os nossos conhecimentos e elas eram necessárias pois, a existir uma protagonista, essa seria a catedral. É uma leitura soberba que me arrebatou de tal maneira que fiquei desejosa de ler outro livro de Ken Follet!

7/7-OBRA PRIMA***

TRAILER DA MINISÉRIE DE OITO EPISÓDIOS:


7 comentários:

  1. Ois

    Não é os meus livros preferidos de Romance Histórico mas está muito bom sem duvida.

    Uma historia cativante, apenas acho mal o preço alto dos livros, incrível :(

    BJS

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    1. Fiacha, adorei a história e como ele a construiu em torno da catedral. O preço dos livros é exorbitante!!! Os meus foram oferecidos senão demoraria a adquiri-los ou teria comprado em segunda mão.
      Beijinhos*

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  2. Tenho estes dois livros cá em casa. Vai ser uma das minhas próximas leituras. Bjs

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  3. Gostei taaaaaaaanto d'Os Pilares da Terra! Foi uma óptima surpresa e, curiosamente, a série não lhe fica muito atrás.
    Boas leituras!

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  4. Eu gostei imenso desta saga. Li-a ao mesmo tempo que começou a série e depois fiquei desiludida com o final da série, que é bem diferente da história dos livros.
    Agora aproveitei a promoção da Presença e comprei "Um Mundo sem Fim", que espero ler ainda este ano. ;)
    Boas leituras!

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  5. Muito bom esse livro! Gostei muitíssimo! E gostei ainda mais de Mundo sem Fim. Ontem mesmo escrevi sobre ele no meu blog.
    Gostei do seu blog.
    Nadia

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