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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Um Mundo Sem Fim I e II de Ken Follet


Depois do enorme êxito de Os Pilares da Terra, Ken Follett regressa à cidade de Kingsbridge, mas desta vez cerca de dois séculos após os acontecimentos do primeiro livro. No dia 1 de Novembro de 1327, quatro crianças presenciam a morte de dois homens por um cavaleiro. O sucedido irá para sempre assombrar as suas vidas, mas Merthin, Ralph, Caris e Gwenda ficarão também marcados pelo próprio tempo em que vivem, e em particular pela maior tragédia que assolou a Europa no século XIV, a Peste Negra. Um Mundo sem Fim, que a Presença publica em dois volumes, é um épico medieval que está a conquistar os leitores de todo o mundo, tendo registado um total de 26 semanas de permanência entre os mais vendidos do The New York Times.

A MINHA OPINIÃO:

Após a leitura de Os Pilares da Terra, fiquei curiosíssima acerca das restantes obras de Ken Follet particularmente, com este Um Mundo sem Fim. É uma sequela que mantém Kingsbridge como o palco principal da acção. O escritor continua a apostar numa escrita simples sem grandes floreados mas, isto não é sinónimo de pouca pesquisa história. Pelo contrário, mais uma vez o trabalho do construtor é esmiuçado ao pormenor e conjuntamente com este, o autor alarga os seus horizontes ao enveredar pela arte de curar na idade medieval. Sou relativamente ignorante a estes temas logo, não posso atestar a sua veracidade porém, a sua presença sustenta e cria alicerces suficientemente fortes para acreditarmos em Merthin e Caris. Mais uma vez, é o enredo que nos arrebata! É uma narrativa empolgante, cheia de reviravoltas e pejada de personagens carismáticas que batalham muito para vencerem. Caris, é a minha favorita. Adoro o facto de ela personificar o lado corajoso da mulher sem nunca perder a feminilidade. Ela é um salmão que salta contra o curso do rio. Um rio néscio toldado pela inércia e pela ignorância! É uma mulher empreendedora destinada a revolucionar a arte da Medicina embora isso cause estranheza na maioria das mentes tacanhas da época. Ela não se deixa subjugar pelo poderio masculino e mesmo com Merthin, o amor da sua vida, ela é independente e inteligente ou seja, não se torna numa marioneta perante um homem como, frequentemente, acontece nos livros. Merthin é também um protagonista curioso na medida em que, não é o cavaleiro de armadura reluzente pronto a salvar a donzela, é ligeiramente franzino e o seu poder reside na sua mente arguta e inventiva. Paralelamente, surgem as histórias de Gwenda, que é um dos achados dos livros e Ralph, cuja ambição e escolhas levar-no-ão para um destino diferente do irmão, Merthin. Gwenda é verdadeiramente impressionante pois, é capaz de sacrificar tudo em prol daqueles que ama! Todavia, o enorme trunfo de Follet está no enquadramento histórico. Quando atingimos a segunda metade surge a Peste Negra e é aqui que ele brilha, trilhando o caminho com informação útil e sem embelezamentos de cenário criando obstáculos a todos personagens. As suas descrições são singelas mas, vívidas e é impossível não visualizar as feiras, os mercados, os hospitais assoberbados e não contestar interiormente as ideias dogmáticas sem fundamento nenhum. Graças a esta fantástica qualidade do escritor de interligar grandes eventos com as vidas dos seus "pequenos" intervenientes, a leitura é ávida porque ansiamos pelo desenlace e pelas respostas a todas as nossas perguntas. No entanto, há algo que me incomoda neste Um Mundo Sem Fim e é por isso, que prefiro Os Pilares da Terra. À semelhança dos anteriores, ele tem um prólogo misterioso cujo os segredos só são totalmente desvendados no fim. Mas, a revelação desta sequela é tosca e até deslavada. Faz sentido porém, é fraquita.... É caso para dizer: tanta coisa para nada!
Ainda assim, é uma leitura entusiasmante que proporciona emoção, romance, acção e aventura!

6/7-EXCELENTE

TRAILER DA MINI-SÉRIE:



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Devaneios de Séries... The Pillars of the Earth (Os Pilares da Terra) (2010)


A MINHA OPINIÃO:

The Pillars of the Earth é uma mini-série de oito episódios produzida por Ridley e Tony Scott, exibida pelo canal STARZ nos Estados Unidos da América e baseado na obra homónima de Ken Follet. 
Quando se adapta um livro sobejamente conhecido e amado por tantos leitores há um risco compreensível de não se conseguir agradar a todos. A série também poderá granjear novos fãs literários pelo que tem de ser abordada com cuidado e como uma espécie de auto-promoção. 
The Pillars of the Earth não é completamente fiel à obra de Ken Follet e afirmo isto com a toda convicção de quem viu a aposta televisiva ao mesmo tempo que lia os livros. Todavia, não tive menos prazer a vê-la pelo contrário, surpreendeu-me pela qualidade da produção e pelas narrativas alteradas mas, contagiantes.


O elenco  é perfeito, compondo personagens tão amadas com primor. Tal como a obra literária, é ambientada à crueldade da Idade Média onde os pobres tentam sobreviver à fome e os ricos tentam sobreviver às intrigas e aos assassínios pelo poder. As histórias quotidianas de um pai, de um filho, dum frade e de um amor mesclam-se com a Guerra Civil Inglesa e a luta pela Coroa Inglesa. E a uni-los a todos, directa ou indirectamente, está a construção de uma Catedral. Majestosa e imponente, ela é o sonho de Tom The Builder que é brilhantemente interpretado por Rufus Sewell. Ele empresta à personagem firmeza, bravura e paixão. Outro actor que se destaca é Ian McShane, Waleran Bigod, clérigo de moral e acções dúbias. McShane incorpora o lado da fé corrompida e corrobora a sua missão deturpada com o lema de que os fins justificam os meios. O frade que se lhe opõe é Philip. É impossível não simpatizar com ele! Seja pela fé inabalável, pela destreza política ou pela competência do actor Mathew McFadyen, Philip é dos que mais captaram a minha atenção. Outro desviador de atenções é Eddie Redmayne, Jack The Builder. A sua interpretação cresce ao longo de toda a minisérie assim como a sua personagem. O duo de irmãos fictícios Richard (Sam Caflin) e Aliena (Hayley Atwell) é detentor de cenas poderosas na aflição ou na luta. Richard é das personagens que mais difere do livro. Entendo a opção dos argumentistas de armá-lo de mais coragem e sentido de responsabilidade porque assim se tornou mais agradavelmente heróico. Houve momentos no livro em que me apeteceu sacudi-lo para acordá-lo do marasmo e apatia em que se encontrava. William Hamleigh de David Oakes é desprezível, atormentado e o actor também merece uma palavra de apreço pelo seu trabalho.


No entanto, quem me fascinou irremediavelmente não foram os actores foi Trevor Morris, o compositor da banda sonora. A melodia é épica e vibrante aquele final é simplesmente fenomenal com a imagem portentosa da catedral em perfeita simbiose com o trecho musical. The Pillars of the Earth é uma excelente série mas desengane-se quem espera uma cópia fidelíssima à obra que lhe deu origem pois, não o vai encontrar. As directrizes principais estão lá porém, há pormenores que são distintos. Vale a pena ler o livro e vale a pena ver série! São os dois excelentes!

TRAILER DA MINISÉRIE:




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os Pilares da Terra I e II de Ken Follet

Na Inglaterra do século XII, Tom, um humilde pedreiro e mestre-de-obras, tem um sonho majestoso – construir uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime, digna de tocar os céus. E é na persecução desse sonho que com ele e a sua família vamos encontrando um colorido mosaico de personagens que se cruzam ao longo de gerações e cujos destinos se entrelaçam de formas misteriosas e surpreendentes, capazes de alterar o curso da história. Recheado de suspense, corrupção, ambição e romance, Os Pilares da Terra é decididamente a obra-prima de um autor que já vendeu 90 milhões de livros em todo o mundo.

A MINHA OPINIÃO:


Os Pilares da Terra é uma obra grandiosa de Ken Follet! A edição portuguesa foi dividida em dois volumes porém, optei por elaborar uma opinião conjunta. É assombroso como o escritor agrega as histórias de vida dos pobres, as intrigas dos nobres e a guerra civil inglesa (anarquia) em torno da construção de uma catedral no século XII. Inicialmente, a catedral é o sonho de um simples pedreiro, Tom. É um homem de fé e de visão e acredita que a beleza da arquitectura alcançará Deus. Contudo, à medida que os anos passam a catedral transforma-se num estandarte de esperança não só para Tom mas também para todos que se abrigam na sombra das suas paredes . É um símbolo de resiliência face à adversidade, um meio de subsistência de um pequeno vilarejo e um farol para aqueles que encontram na fé, a sua tábua de  salvação. O livro apela à nossa compaixão e à nossa curiosidade e induz um estado de fascínio irracional pois, é quase impossível largá-lo. A escrita de Follet não é rebuscada. É simples sem grandes brilhantismos todavia, são as suas personagens e a história gloriosa atravessando gerações que são merecedoras de todos elogios. O autor criou intervenientes credíveis que almejam o poder,o amor, a vingança, a justiça ou simplesmente a sua subsistência e a da família. Cada personagem tem os seus demónios e as suas virtudes  que as colocam na lista das amadas ou na das odiadas. Insinuar que este livro é só sobre a construção de uma catedral é quase pecaminoso! Sim, a construção do edifício predomina em quase todos os capítulos mas, estes também contam as agruras e as vicissitudes da vida de penúria na Idade Média durante uma guerra sangrenta em que as personagens fazem tudo para sobreviver e para satisfazer as suas ambições sejam elas quais forem . No clero, existem bons e maus assim como na nobreza. Porém, bom e mau é relativo porque os seus objectivos até são compreensíveis apesar de os meios para lá chegarem serem, por vezes, moralmente e eticamente questionáveis. No fundo, são pessoas como nós sendo tão genuínas que é impossível não ter empatia com elas . Tom foi aquele que me cativou logo de início. É um homem humilde com um grande sonho mas, que a vida tende a espezinhar. Os seus erros, os seus remorsos e a sua luta pela sobrevivência só me aproximaram ainda mais dele. Phillip, prior de Kingsbridge é outro personagem memorável de mente arguta e sagaz que cresce ao longo de todo o livro. A sua inocência política das primeiras páginas é ofuscada pelas magníficas manobras que ele desencanta para salvar a sua catedral e a sua população. Phillip é um estratega da Fé porém, a contrabalançar a sua bondade e justiça está Waleran, bispo de carácter duvidoso que não hesita em esmagar os inimigos. Alianças são forjadas e desfeitas com a mesma rapidez com que viramos uma página. No meio destas teias de conspirações, está Jack que me maravilhou com a sua estranheza e capacidade de sonhar. Jack ganha grande destaque na segunda parte da história já que, ele é o mais aventureiro de todos partindo em busca de respostas. Aliena, outra personagem marcante é a jovem filha de um conde cuja vida é destroçada pelos Hamleigh sedentos de poder. É uma mulher persistente que se alimenta de uma promessa. Jack e Aliena condimentam o livro com a sua relação amorosa intensa e altamente improvável.No entanto, atrevo-me a dizer que não existem personagens principais. Todas são importantes e todas contribuem para a grandiosidade desta obra. A arquitectura e a invenção também são preponderantes e o escritor dedica grande parte de alguns capítulos a elas. Não as achei maçadoras pelo contrário, achei-as enriquecedoras. É sempre bom expandir os nossos conhecimentos e elas eram necessárias pois, a existir uma protagonista, essa seria a catedral. É uma leitura soberba que me arrebatou de tal maneira que fiquei desejosa de ler outro livro de Ken Follet!

7/7-OBRA PRIMA***

TRAILER DA MINISÉRIE DE OITO EPISÓDIOS: