domingo, 26 de julho de 2009
O Iluminador de Brenda Rickman Vantrease
Inglaterra, século XIV: uma época de peste, de desassossego social e político e das primeiras manifestações reformistas.Finn é um mestre iluminador que trabalha publicamente para a Igreja e secretamente para John Wycliffe, que defende a necessidade de A Bíblia ser traduzida para língua inglesa. Mas o iluminador tem outro segredo que há-de vir a pôr a sua vida em perigo quando encontra Lady Kathryn, uma bela viúva.Romance de amor, religião, arte e traição.
A MINHA OPINIÃO:
Este já estava na minha estante há algum tempo. Foi um livro que me ofereceram quando efectuei a compra de um outro livro. Confesso que não estava inclinada em lê-lo, mas resolvi mergulhar de cabeça. Ainda bem que o fiz. Está fabulosamente escrito e conseguimos entrar a fundo nos pensamentos das personagens. Numa sociedade em que todos se movem por interesses e aparências, Lady Kathryn tenta manter a sua casa senhorial e as suas terras e preservar a herança de seus filhos gémeos, Alfred e Colin. Finn é um iluminador que se hospeda em sua casa por ordem da Igreja. Traz consigo a sua filha Rose que cria desde que a mulher morreu. Finn e Kathryn iniciam uma relação amorosa desaprovada pelas regras da época entre uma nobre e um servo. Após uns meses de felicidade, tudo se precipita para o abismo. Finn é preso por um crime que não cometeu e a própria Kathryn contribui para esse aprisionamento, mentindo para salvar Alfred. Rose descobre-se estar grávida. Porém, quem é o pai da criança? Alfred, o mais extrovertido e mulherengo dos irmãos ou Colin, o mais inocente e recatado?
As personagens lidam com seus problemas num mundo subjugado pelo poder excessivo de alguns homens da Igreja que dispõem das vidas humanas a seu bel prazer. É um bom romance histórico que prima pela imprevisibilidade de acontecimentos que me prendeu até a última página.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Marley & Eu de John Grogan
Chamam-se John e Jenny, eram jovens, apaixonados e estavam a começar a vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "uma bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que rapidamente se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos."
A MINHA OPINIÃO:
Uma história ternurenta onde se encontra o amor. O amor que se manifesta de várias maneiras e feitios. Marley é um cão desobiente que não conhece bom comportamento mas a sua lealdade é incondicional. Ao ler este livro, sorri com as diabruras do Marley e as tentativas vãs dos donos de as controlar. Encantei-me com a capacidade de amar de um cão que estava lá nos bons e maus momentos de uma família. Para quem é apaixonada de cães como eu, ler esta obra foi um deleite. Mas não é preciso gostar de cães para apreciar este livro. Depois lê-lo corri a ver o filme que capta a essência do livro na perfeição e tal como ele leva-nos aos sorrisos e às lágrimas. Aqui está um excerto do livro que simplesmente adorei:
"Um cão não julga os outros pela cor da pele, credo religioso ou classe social, mas sim por o têm dentro de si mesmas. Um cão não se interessa em saber se somos ricos ou pobres, educados ou iletrados, burros ou inteligentes. Dêem-lhe o vosso coração que ele dar-vos-á o seu."
quinta-feira, 16 de julho de 2009
O Quarto Mágico de Sarah Addison Allen
A MINHA OPINIÃO:
Quando li O Jardim Encantado fiquei fascinada com esta escritora logo fui a correr pegar neste livro que devorei numa tarde e noite. Não me desiludi. Mais uma história deslumbrante e encantadora. Neste livro encontrei três mulheres: Josey, Della Lee e Chloe. Josey é eternamente apaixonada por Adam, o seu carteiro. Sem nunca ter coragem para se declarar, refugia-se nos doces que esconde no seu roupeiro. No seu roupeiro também se esconde Della Lee, uma mulher misteriosa. Della Lee ajudará Josey a mudar de vida e a se libertará, finalmente, do controlo da mãe, Margaret. Por influência de Della, Josey conhecerá Chloe, uma apaixonada da leitura que é perseguida por livros que surgem inexplicavelmente e que têm uma resposta para quase tudo.
É uma história simplesmente mágica condimentada com esperança, amizade e mistério. Adorei!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O Jardim Encantado de Sarah Addison Allen
As mulheres da família Waverley têm um segredo. Para elas, é uma maldição; para os vizinhos é apenas estranho; nós chamamos-lhe magia.
A MINHA OPINIÃO:
Simplesmente delicioso! Foi quase impossível pousar este livro... Na cidadezinha de Bascom, vive Claire Waverley. Ela herdou da sua avó um jardim. Um jardim famoso pela sua macieira e pelas suas flores comestíveis imbuídas de poderes mágicos que afectam quem quer que as comam. Claire vive de rotinas até o dia em que a sua vida fica virada do avesso por causa do regresso da sua irmã Sydney após dez anos de ausência. Sydney tem uma filha, a doce Bay. Ao longo da história, as irmãs descobrem que possuem mais em comum do que julgavam. Além destas mulheres Waverley existe ainda Evanelle. Esta é uma adorável idosa que distribui presentes inesperados que mais tarde revelam a sua utilidade. Fred, Tyler e Henry são outras das personagens que me apaixonaram. Até a macieira com personalidade própria me fascinou.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
As Regras da Sedução de Madeline Hunter
Hayden chega sem aviso e sem ser convidado – um estranho com motivações secretas e um forte carisma. Em poucas horas, Alexia Welbourne vê a sua vida mudar irremediavelmente. A relação entre ambos é tensa, agitada e incómoda. Para Alexia, Hayden é o culpado da sua desventura: sem dote, ela perdeu qualquer esperança de algum dia se casar. Mas tudo muda quando Hayden lhe rouba a inocência num acto impulsivo de paixão. As regras da sociedade obrigam-na a casar com o homem que arruinou a sua família.
O que ela desconhece é que o seu autoritário e sensual marido é movido por uma intenção oculta e carrega consigo uma pesada dívida de honra. Para a poder pagar, ele arriscará tudo... excepto a mulher, que começa a jogar segundo as suas próprias regras…
O que ela desconhece é que o seu autoritário e sensual marido é movido por uma intenção oculta e carrega consigo uma pesada dívida de honra. Para a poder pagar, ele arriscará tudo... excepto a mulher, que começa a jogar segundo as suas próprias regras…
A MINHA OPINIÃO:
A história de Alexia e Hayden é suficientemente aliciante num livro com uma escrita fluida que consegue prender o leitor. Tem um "je ne se quois" de Jane Austen... embora seja mais ousado. Admirei a capacidade de sobrevivência de Alexia e a determinação de Lord Hayden. Confesso que não achei o livro algo de extraordinário mas gostei de o ler.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Expiação de Ian McEwan
Expiação é, porventura, a melhor obra de Ian McEwan. Descrevendo, de forma brilhante e cativante, a infância, o amor e a guerra, a Inglaterra e a situação de classes, contém no seu âmago uma exploração profunda – e muito comovente – da vergonha, do perdão, da expiação e da dificuldade da absolvição.
A MINHA OPINIÃO:
Este livro revelou-se, a princípio, uma leitura entediante e pouco entusiasmante. Mas persisti e não desisti de o ler. Depois da apresentação das personagens, a história desabrochou o que tornou a leitura mais fácil.
Robbie é o filho da mulher-a-dias da família Tallis. Cresceu com Leon e Cecilia, os filhos mais velhos dos Tallis. Aquando do seu regresso de Cambridge, Robbie e Cecilia percebem que algo de estranho se passa entre eles. Amam-se.
Robbie decide escrever uma carta a Cecilia expressando os seus sentimentos, mas não é uma carta singela e purista. É uma carta que ofenderia os parâmetros sociais da época. Envergonhado com os seus próprios desejos, desiste desta carta e escreve uma outra. Mais recatada e casta. Para entregar a carta usa como mensageira a irmã mais nova da amada, Briony, contudo entrega-lhe a carta errada, aquela que ele desistira de enviar a Cecilia. Briony, que tinha imaginação fértil e que vivia ladeada das suas personagens. Briony que já duvidava do carácter de Robbie após um incidente na fonte do jardim.
Quando a prima Lola é violada, Briony aponta como culpado, Robbie. Este e a irmã são separados e impedidos de viver o seu amor. Separados primeiro pelas grades da prisão e depois pela Guerra. Briony cresce e vive atormentada pela culpa e procura expiar o seu crime.
Esta obra não é de digestão fácil. As suas descrições de soldados feridos na Guerra, o horror que se vivia nas trincheiras são muitos vívidas e reais. Não embeleza nem esconde com eufemismos a tragédia que é.
Devo dizer foi um livro que me custou a ler... Todavia com ele aprendi muito.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
A Ilha da Paixão de Eileen Goudge
Uma história poderosa de amor e redenção, e do que uma mulher é capaz de fazer para ultrapassar os segredos escondidos no seu passado.
A MINHA OPINIÃO:
É uma obra cativante que se lê num abrir e fechar de olhos... Colin perdeu a mulher no 11 de Setembro e entrou na espiral destrutiva do álcool. Alice perdeu o filho mais velho, David, em consequência de um acidente provocado por Owen White. Após o julgamento, White é ilibado de qualquer culpa e Alice, desesperada, comete uma loucura. Tenta matar Owen White. Depois de cumprir pena por tentativa de homicídio, regressa à sua terra para tentar reconquistar o coração do seu filho mais novo, Jeremy. Aí, conhece Colin. Ambos lidam com passados dolorosos e futuros incertos o que os aproxima... Depois descobrem que têm outro elo insólito que os une. Na casa herdada por Colin existe um quadro pintada por William, seu avô, de uma mulher belíssima vestida de vermelho. Essa mulher é nem mais nem menos que a avó de Alice, Eleanor.A autora leva-nos então numa viagem ao passado para conhecer William e Eleanor e pelo caminho faz revelações extraordinárias... No presente, Alice demonstra ser uma mulher de força quando o seu filho é acusado de violar uma jovem e quando luta contra a descriminação que sente na pele.Eleanor, William, Colin e Alice e as outras personagens cativam-nos por serem imperfeitas. Por terem falhas e cometerem erros como os demais mortais. Embora tome por vezes uma direcção previsível, não é uma leitura aborrecida e dei por mim a querer ler mais e mais...
PS: Obrigada ao site Segredos dos Livros por proporcionar grandes passatempos onde podemos ganhar livros como este.
domingo, 5 de julho de 2009
O leitor de Bernhard Schlink
O mais aclamado romance alemão desde O Perfume.
Em 1960, Michael Berg é iniciado no amor por Hanna Schmitz. Ele tem 15 anos, ela 36. Ele é apenas um adolescente. Ela é uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Os seus encontros decorrem como um ritual: primeiro banham-se, depois ele lê, ela escuta e finalmente fazem amor. Mas este período de felicidade incerta tem um fim abrupto quando Hanna desaparece subitamente. Michael só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis.
Inicia-se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração, a braços com a vergonha, julgar a geração anterior, responsável por vários crimes.
Perturbadora meditação sobre os destinos da Alemanha, O Leitor é, desde O Perfume, o romance alemão mais aplaudido nacional e internacionalmente. Traduzido em 39 línguas, foi galardoado em 1997 com os prémios Grinzane Cavour, Hans Fallada e Laure Bataillon. Em 1999 venceu o Prémio de Literatura do Die Welt.
Em 1960, Michael Berg é iniciado no amor por Hanna Schmitz. Ele tem 15 anos, ela 36. Ele é apenas um adolescente. Ela é uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Os seus encontros decorrem como um ritual: primeiro banham-se, depois ele lê, ela escuta e finalmente fazem amor. Mas este período de felicidade incerta tem um fim abrupto quando Hanna desaparece subitamente. Michael só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis.
Inicia-se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração, a braços com a vergonha, julgar a geração anterior, responsável por vários crimes.
Perturbadora meditação sobre os destinos da Alemanha, O Leitor é, desde O Perfume, o romance alemão mais aplaudido nacional e internacionalmente. Traduzido em 39 línguas, foi galardoado em 1997 com os prémios Grinzane Cavour, Hans Fallada e Laure Bataillon. Em 1999 venceu o Prémio de Literatura do Die Welt.
A história de Michael e Hannah, o Holocausto e o segredo que ela guarda são as aguarelas que pintam esta obra que nos leva a pensar... sobre a natureza do ser humano e sobre o que é certo ou que é errado. É um livro belíssimo e é com muito orgulho que o coloco na minha estante. Recomendo a sua leitura e depois o visionamento do filme que valeu o Óscar de Melhor Actriz a Kate Winslet.
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